A decisão da bancada do PMDB, pelo lançamento do líder Caíto Quintana a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ganhou destaque na imprensa estadual nesta quarta-feira (1º de junho).
O lançamento de Caíto representa uma alternativa das Oposições na Assembleia Legislativa, para demarcar terreno na escolha do novo conselheiro do TC, na vaga aberta pela decisão unilateral do presidente Valdir Rossoni (PSDB), de anular a eleição de Maurício Requião, ocorrida em meados de 2008.
Com o nome do líder do PMDB na disputa, os parlamentares da Oposição acreditam que será possível levar a decisão para um segundo turno, já que o Governo do Estado está apoiando a escolha do procurador-geral Ivan Bonilha, que subscreveu o ato junto com o governador Beto Richa (PSDB), revogando a nomeação de Maurício Requião.
A seguir a íntegra de matérias repercutindo a decisão da bancada do PMDB, ocorrida na manhã de terça-feira (31 de maio).
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Reportagem de Roseli Abrão, no www.horahnews.com.br:
PMDB lança Caito ao TC
Reunida na manhã desta terça-feira, a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa decidiu lançar a candidatura do deputado Caito Quintana à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas.
Segundo o deputado Ademir Bier, esta será uma forma de “marcar posição”, já que os peemedebistas não concordam com a decisão do presidente da Casa, Valdir Rossoni, que anulou a indicação de Mauricio Requião.
Dá para forçar o 2º turno
Os peemedebistas acreditam que a candidatura de Caito pode levar a eleição do TC para o segundo turno.
De cara garantiria o voto dos 12 deputados do PMDB, mais sete do PT, ainda de Rasca Rodrigues do PV, além de possíveis “descontentes” da base aliada do governo.
Até segunda
Na avaliação de seus colegas, esta será a última chance de Caito Quintana ser candidato porque está a um ano da data limite para concorrer ao TC, que é 65 anos.
Caito ainda não decidiu e promete pensar até segunda-feira, quando termina o prazo de inscrições.
Na verdade, o deputado tem muito mais a perder caso seja indicado conselheiro do TC, ainda mais se o STF julgar a favor de Mauricio Requião.
Segundo ele, teria não só que renunciar ao cartório que tem no Sudoeste como também ao mandato de deputado, que são irrecuperáveis.
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Reportagem de Elizabete Castro, de www.oestadodoparana.com.br:
Caíto Quintana avalia sua candidatura à vaga de conselheiro do TCE
Os deputados estaduais do PMDB pediram ao líder da bancada, Caito Quintana, que se inscreva para disputar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A vaga foi aberta a partir da anulação da eleição de Maurício Requião pelo atual presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB).
Embora não aposte na realização da eleição, que estuda contestar na Justiça, o PMDB quer convencer Quintana a entrar no páreo para marcar posição e embolar os planos da base governista, que trabalha para eleger o procurador geral do Estado, Ivan Bonilha. Somados os doze votos do PMDB e mais seis do PT, e um ou outro desgarrado de partidos da base do governo, o PMDB calcula que pode levar a eleição para o segundo turno. Para ser eleito no primeiro turno, o conselheiro deve fazer vinte e oito votos.
Quintana disse que está avaliando a possibilidade. Ele tem prazo até a próxima sexta-feira, 3, para apresentar a candidatura, no novo prazo estabelecido pela Assembleia que recebeu quinze inscrições. Os candidatos estão sendo sabatinados pela Comissão Especial que ouviu nesta terça-feira, 31, os postulantes Fioravanti Chierighini, Gabriel Guy Léger, Ivan Bonilha e Jorge Antonio de Souza.
Quintana já foi cotado outras duas vezes para o cargo. Quando Quintana ocupava a chefia da Casa Civil, o ex-governador Roberto Requião (PMDB) ofereceu a ele o aval para a vaga no Tribunal, no lugar do conselheiro aposentado Rafael Iatauro, mas o peemedebista recusou.
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Reportagem de Ivan Santos, no www.jornaldoestado.com.br:
PMDB lança candidatura de Caito Quintana ao TC
Os peemedebistas afirmam que a intenção é “marcar posição” contra a anulação da nomeação de Maurício
A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa anunciou ontem a intenção de lançar a candidatura de seu líder, o deputado estadual Caito Quintana, à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, aberta após a anulação da indicação de Maurício Requião, irmão do ex-governador e senador Roberto Requião.
Oficialmente os peemedebistas afirmam que a intenção é “marcar posição” contra a anulação da nomeação de Maurício, ex-secretário da Educação do governo Requião, decidida pelo presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), adversário político do ex-governador. Na prática, a ideia é tumultuar o processo de escolha do novo conselheiro, que tem como favorito o candidato apoiado pelo governo Beto Richa – o procurador-geral do Estado, Ivan Bonilha.
Rossoni anulou a indicação de Maurício sob o argumento de que ela feria a proibição do nepotismo, e teria sido feita antes da oficialização da aposentadoria compulsória do conselheiro Henrique Neigeboren. Eleito em 2009, o irmão de Requião chegou a assumir o cargo, mas foi afastado pouco tempo depois, por uma liminar do Supremo Tribunal Federal, em ação impetrada pelo ex-secretário do governo Jaime Lerner, José Cid Campêlo Filho. Desde então, o caso aguarda o julgamento do mérito pelo STF.
Por conta disso, deputados da antiga base aliada de Requião e até parlamentares da atual base governista contestaram a decisão do presidente da Assembleia. Na avaliação deles, Rossoni não poderia abrir o processo de escolha de um novo conselheiro antes do julgamento do caso de Maurício pelo Supremo. Até porque, se o resultado do julgamento for favorável ao irmão de Requião, a eleição do novo integrante do TC seria automaticamente anulada.
O tucano ignorou as críticas e abriu o processo, que recebeu a inscrição, além de Bonilha, dos deputados estaduais Augustinho Zucchi (PDT) e Nelson Garcia (PSDB), do procurador do Ministério Público junto ao TC, Gabriel Guy Léger, entre outros candidatos. O lançamento da candidatura de Quintana foi a forma encontrada pelos peemedebistas para criar novo embaraço para a eleição, já que com 12 deputados do partido, mais um provável apoio da bancada do PT, com sete parlamentares, e outras possíveis adesões, a eleição poderia ir para um segundo turno. Isso aconteceria caso nenhum dos candidatos consiga maioria absoluta, ou 28 votos.
“Nós o intimamos para que aceite a candidatura”, confirmou o deputado Nereu Moura (PMDB). Segundo ele, o partido continua sendo contrário a eleição enquanto o caso de Maurício não seja julgado. “Acho que não vai sair essa eleição”, prevê o deputado Ademir Bier (PMDB), afirmando que o irmão de Requião já entrou com um mandado de segurança na Justiça. “Mas queremos marcar posição”, explicou.
Quintana disse que ainda não decidiu se vai concorrer. Alega que a ideia surgiu somente ontem, e que tem até sexta para se inscrever. “De qualquer forma, continuo defendendo que a Justiça concederá um mandado de segurança contra a decisão da Mesa Executiva da Assembleia que anulou a indicação do Maurício”, avalia. (IS)
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Da coluna Notas Políticas, da www.gazetadopovo.com.br:
Em alta
A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Paraná vem tentando convencer o deputado do partido Caíto Quintana (foto) a disputar a vaga para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O parlamentar ficou de pensar na proposta, já que a inscrição de candidaturas pode ser feita até segunda-feira.
Ontem, inclusive, Caíto teve uma vitória na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após mais de um mês de espera. Depois de muita polêmica, a CCJ aprovou o projeto do peemedebista que garante aos servidores estaduais a indicação de companheiro do mesmo sexo como dependente para fins previdenciários. Agora, a matéria segue para votação em plenário.
E VAI LARGAR OS CARTÓRIOS?