Candidatos das correntes minoritárias do PT que disputam a presidência do partido criticaram ontem o governo Dilma Rousseff por ter utilizado tropas do Exército e da Força Nacional para fazer a segurança do leilão do campo de Libra do pré-sal, no Rio, na segunda-feira passada.
Os seis concorrentes ao comando petista participaram de debate em São Paulo quatro dias após um encontro acalorado realizado em Brasília. Na ocasião, diante de uma plateia exaltada, o presidente do partido, Rui Falcão, disse que parecia que a sigla fazia oposição ao governo, informa a Folha de S.Paulo.
No debate de ontem, sem a presença de claques, a maior fonte de críticas à Dilma foi o leilão de Libra. Ao defender a aproximação do PT com movimentos sociais, os candidatos Serge Goulart, Renato Simões, Markus Sokol e Valter Pomar atacaram o envio de tropas federais ao Rio.
Falcão, que concorre à reeleição com o apoio das principais correntes do PT, disse que é preciso “não mistificar” os movimentos e que apenas 400 pessoas foram protestar na porta do leilão, “uma mobilização pequena para a oposição que existia”.
A Força Nacional usou bombas e balas de borracha no protesto contra o leilão.
Sokol afirmou que a declaração de Falcão o “desqualificava” como dirigente do PT pelo “desprezo com os 400 manifestantes”.
Já Renato Simões qualificou o uso do Exército como “equívoco grave”.