Ademar Traiano
A crise brasileira não parou o Paraná em nenhum momento. Nesta quinta-feira, 8, foi homologada a licitação do Contorno Noroeste de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, obra importante no valor de R$ 30,6 milhões, que vai beneficiar 200 mil pessoas de 15 municípios da região.
Em novembro do ano passado o governo do estado liberou R$ 46,6 milhões para solucionar um grave problema de cheias também em Francisco Beltrão. Os recursos estão sendo aplicados na instalação de um sistema de drenagem no rio que corta o município e causa constantes inundações.
Longe de excepcionalidades, essas obras de vulto na minha cidade representam pequena parte de um conjunto enorme de realizações importantes que vem sendo tocadas em todo o estado do Paraná. Em um momento em que boa parte dos estados brasileiros ainda enfrentam dificuldades para honrar a folha do funcionalismo e pagar fornecedores, o Paraná vivencia, sob o comando do governador Beto Richa (PSDB), o maior ciclo de investimentos de sua história. Como isso é possível?
A resposta do Paraná à crise veio por dois caminhos. Em primeiro lugar é preciso assinalar a capacidade de antever o problema e tomar medidas duras e necessárias para enfrenta-la. No início de 2015 o governo do estado enviou à Assembleia um projeto de um duro ajuste fiscal para enfrentar a crise que começava a se delinear no horizonte.
A aprovação das medidas enfrentou a oposição de um sindicalismo selvagem ideologicamente motivado e disposto a tudo para promover desgaste político do governador. Os deputados tiveram a coragem de arrostar essa oposição radicalizada e aprovar as medidas. O resultado foi que a crise encontrou um Paraná preparado para enfrenta-la. Hoje, o Paraná está numa situação fiscal privilegiada e possui as condições de elevar a sua capacidade de investimento em 2018 e nos próximos anos.
O estado também colhe os frutos de programas inovadores, como o “Paraná Competitivo”, que atraiu R$ 43,5 bilhões em novos investimentos para o estado gerando um importante incremento de tributos e centenas de milhares de novos empregos em apenas seis anos.
O aumento no emprego e na geração de renda produziram importantes desdobramentos sociais no Paraná. Desde 2011, entre os estados do Sul e do Sudeste, é o Estado que mais reduziu a pobreza. De 2011 a 2017, houve uma redução de 57% no número de pessoas extremamente pobres; enquanto no Brasil, a redução foi de 39%. O Paraná é também o segundo Estado que mais reduziu o número de dependentes do programa Bolsa-Família. Enquanto no Brasil a soma das famílias beneficiárias do Bolsa-Família cresceu 8% de dezembro de 2010 a junho de 2016, no Paraná ela decresceu 17%.
O Paraná foi o primeiro a se dar conta a crise e avaliar sua gravidade, saiu na frente para enfrenta-la e emergiu dela rumo ao seu maior ciclo de investimentos. A antecipação da crise, a tomada de medidas adequadas para enfrenta-la e a adoção de programas agressivos para atração de investimentos, permitiram ao Paraná ingressar em um círculo virtuoso de crescimento e investimento, em um período em que o país naufragava. Este é um caminho.
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