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Caminhoneiros entram em greve na segunda

Caminhoneiros entram em greve na segunda

Caminhoneiros e transportadores de Maringá e região prometem fechar quatro trechos de rodovias que dão acesso à cidade a partir de segunda-feira, 9, às 6h, por tempo indeterminado. Apenas carros, motos, ônibus que transportam trabalhadores e estudantes e veículos da Saúde vão poder trafegar normalmente. Nem mesmo caminhões com cargas vivas ou perecíveis poderão passar pelos bloqueios. O motivo para a greve – que é nacional – é o não atendimento à pauta de reivindicações entregue para o governo federal em março deste ano, quando a categoria bloqueou rodovias pelo País. As informações são de Ederson Hising d’O Diário de Maringá.

Uma reunião realizada ontem no Posto Duzentão, em Maringá, com a participação de cerca de 30 pessoas, definiu os trechos que serão bloqueados na região. Na BR-376, a paralisação será em dois pontos: em Marialva (Posto Amigão) e na saída para Mandaguaçu. Na PR-317, na saída para Astorga, haverá bloqueio próximo ao Posto G10. E na saída para Floresta, também na PR-317, o ponto de fechamento será próximo ao Shopping VestSul.

Em Maringá, os organizadores – que estão ligados ao movimento Comando Nacional do Transporte – esperam que ao menos 200 caminhoneiros e transportadores participem da greve. “Somos autônomos e não estamos ligados a sindicatos. Vai ser uma greve nunca antes vista por aqui. Fecharemos os acessos da cidade”, afirma o transportador José Henrique Teixeira, 33 anos, que é um dos líderes do movimento que já mobilizou 400 pessoas em grupos no Whatsapp. Entre as reivindicações, os caminhoneiros e transportadores pedem a redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo, anulação das multas nas manifestações anteriores, reserva de mercado de 40% nas cargas em que o governo é o agente pagador, respeito às decisões do fórum do transporte de Brasília e liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para autônomos.

Além disso, eles reivindicam a revisão do preço dos pedágios e o fim da cobrança nas praças por eixo erguido. Há ainda solicitações específicas dos motoristas, como aposentadoria com 25 anos de contribuição e salário unificado em todo território nacional. “O governo não cumpriu com nada. O frete já faz mais de sete anos que não sobe. Hoje estamos dando carona para o frete, pagando para trabalhar”, reclama o transportador Ruan Carlos Babuja, 27.

Renúncia
Existe também uma pauta conjunta entre o Comando Nacional do Transporte e movimentos sociais que apoiam a paralisação dos caminhoneiros e transportadores, como o Vem Pra Rua, Revoltados Online e Movimento Brasil Limpo, que é a renúncia da presidente Dilma Roussef (PT). “Essa decisão do nosso movimento se ampara, principalmente no fato de que o governo não atendeu nossas reivindicações da última paralisação nacional”, diz um trecho do documento com as reivindicações do movimento.