A Câmara dos Deputados devolverá R$ 300 milhões ao Tesouro Nacional até o fim de setembro. Responsável pelas contas da Casa, o 1º secretário Fernando Giacobo (PR-PR), disse que a maior parte desse montante é proveniente da renegociação da folha de pagamento dos servidores do legslativo. A outra parte é das “economias” com controle de gastos administrativos. As informações são de Igor Gadelha no Estadão.
De acordo com Giacobo, a renegociação da folha renderá R$ 200 milhões dos R$ 300 milhões devolvidos. O parlamentar disse não poder adiantar quais bancos comprarão a folha em pagamento, alegando que a negociação ainda está em andamento. As negociações mais avançadas estão com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que teriam ofertado R$ 206 milhões para continuar com folha de pagamento da Casa.
Os outros R$ 100 milhões que a Câmara devolverá aos cofres da União virão de economias com conta de água e energia, redução dos gastos com passagens aéreas, desconto em contratos de aluguel de carros usados por parlamentares e demissão de funcionários terceirizados. De acordo com Giacobo, quase 200 terceirizados foram demitidos da Câmara desde o início do ano, quando ele assumiu a 1ª Secretaria da Casa.
O parlamentar paranaense disse que ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já informaram ao Ministério da Fazenda sobre a devolução dos recursos. Ele ressaltou que a Casa não era obrigada a devolver o dinheiro, mas o fará como forma de “dar exemplo”, em meio à crise fiscal que atinge o governo brasileiro. “Precisamos dar o exemplo. Em 2003, eram 2 mil terceirizados. Hoje já são 3.250”, disse o parlamentar paranaense.
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