da Folha de S.Paulo
A Câmara dos Deputados recebeu ontem pedido para abertura de processo contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Em um culto realizado em Minas Gerais, Feliciano afirmou que a comissão era dominada por Satanás antes de sua chegada ao cargo.
A deputada Iriny Lopes (PT-ES), ex-presidente da comissão, pediu à Mesa Diretora da Câmara abertura de processo contra ele.
Em nota, oito ex-presidentes e ex-vice-presidentes da Comissão de Direitos Humanos repudiaram as declarações de Feliciano.
Hoje o PSOL também vai entrar com pedidos para que o deputado seja investigado na Corregedoria e no Conselho de Ética da Câmara.
Desde que assumiu a comissão, o pastor é alvo de protestos que o acusam de racismo e homofobia e pedem sua saída do cargo. Ele nega as acusações e disse que se “sente livre para trabalhar”.
O pedido para analisar a quebra de decoro parlamentar será avaliado previamente pela Mesa Diretora. Se o caso chegar ao Conselho de Ética, o deputado poderá ser inocentado, punido com advertência ou ter a cassação recomendada para ser votada em plenário.
REDE SOCIAL
Em mensagem publicada anteontem e reproduzida no perfil de Feliciano no Twitter, um assessor chama a atenção do pastor para reportagem sobre o caso de uma criança que teria sofrido abusos de um casal gay e afirma que o destino de jovens adotados por gays é o estupro.
O pastor reproduziu a mensagem aos seus mais de 160 mil seguidores, sem comentar sobre o conteúdo. Procurada, a assessoria de Feliciano disse que o Twitter é do assessor e que não comentaria a publicação.
Deixe um comentário