Um relatório parcial elaborado pela comissão de transporte da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu pede o rompimento do contrato do transporte coletivo com o Consórcio Sorriso e solicita a imediata substituição emergencial dos serviços. O documento foi lido em plenário pelo vereador Jairo Cardoso (DEM), na primeira sessão ordinária de maio, realizada em modelo híbrido nesta terça-feira (4).
“Esta casa, nesta crise do transporte, não ficou na inércia. Trabalhamos incansavelmente buscando soluções para o problema. Fizemos então um relatório importante”, afirmou o vereador.
No relatório, a CE ressalta que a greve do transporte já perdura por vários dias no município e, inacreditavelmente, até o presente momento nada foi feito por parte do Consórcio Sorrido. O documento destaca ainda que “a precariedade do serviço não vem de hoje, mas sim de muito tempo, causando imensa insatisfação da população. Não obstante, percebemos uma série de irregularidades trabalhistas e uma categoria que vem sendo usada por pessoas com interesses obscuros” (Sic relatório).
A avaliação pontua ainda que a comissão do transporte “concluiu que uma empresa que não cumpre com seus colaboradores, que são o maior patrimônio de qualquer instituição, jamais olhará para o interesse do usuário, que tanto sofre com a oferta de um serviço precário, com horas nos pontos, superlotação, total desrespeito aos trabalhadores e usuários deste serviço (…)”.
Procurado pela reportagem do jornal GDia, o Consórcio Sorriso reservou-se ao direito de não se posicionar sobre um possível rompimento de contrato. “O consórcio não irá se manifestar sobre esse tema por ora”, afirmou o assessor da empresa, Caio Gotlielb.
A comissão responsável pelo relatório encaminhará o documento ao prefeito Chico Brasileiro, para que o Executivo dê prosseguimento à quebra contratual com o consórcio. Por hora, a prefeitura afirmou apenas que não irá interferir na negociação entre os trabalhadores do transporte coletivo e a empresa que administra o serviço.
“Vemos que a qualidade do serviço se arrasta há décadas. Com essa paralisação, com essa greve, quem paga preço alto é sempre a população”, disse o vereador Edivaldo Alcântara (PTB). “O que nos traz hoje aqui é fruto de várias reuniões e demandas. Estamos pedindo ao Executivo o rompimento imediato do contrato. Com novos argumentos reforçamos isso”, enfatizou a presidente da CE do transporte, vereadora Anice Gazzaoui (PL).
O presidente da Câmara, vereador Ney Patrício (PSD), também se manifestou a respeito do assunto. “Agradeço aos membros da comissão do transporte que têm se empenhado demais para entender toda a celeuma. E, esse esforço tem sido em prol do usuário do serviço, a população. Fizemos um combinado que era buscar a melhor opção, pensando no usuário. Chegamos à conclusão que o melhor caminho é rompimento do contrato, mas ainda há algumas questões que o Executivo precisa resolver para dar encaminhamento a isso”.
Da redação com DC CMFI
Foto: CMFI
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