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Câmara de Vereadores aprova fundação para gerir hospital de Foz do Iguaçu

vereadores foz

por Ygor Kramer, no site da Rádio Cultura

A Câmara de Foz do Iguaçu aprovou na sessão extraordinária realizada na manhã de domingo (5), com os votos contrários dos vereadores petistas Anice Gazzaoui e Fernando Duso e as ausências dos vereadores Darci DRM (PTN) e Nilton Bobato (PCdoB), as alterações na Lei Municipal que criou a Fundação Hospital Municipal. O posicionamento dos vereadores petistas provocou debates acalorados.

Em reunião no sábado (4) o Diretório do PT fechou questão pelo voto contrário a proposta. O partido quer mudanças no regime de contratação dos funcionários e defende a regionalização do hospital. Toda a movimentação foi acompanhada nos bastidores da Câmara pelo gestor do Hospital Municipal, Odair José Silveira.

O vereador Dilto Vitorassi (PV) se mostrou insatisfeito com a decisão da bancada petista alegando que essa decisão não deveria ser tomada no momento da votação. “Tinham de tomar essa decisão outro dia e não agora”, cobrou.

A vereadora Anice Gazzaoui (PT) rebateu Vitorassi. “Não decidimos de última hora. Todos sabem que esse projeto veio só agora para a Câmara e que por isso a decisão foi tomada de acordo com o tempo que tivermos”, complementou. O vereador Luiz Queiroga (DEM) líder do prefeito, defendeu o projeto e lembrou que o pedido de mudança, discutida pelos vereadores, partiu do Ministério Público.

Sem mencionar siglas partidárias, o presidente da Câmara José Carlos comentou que a gestão do hospital foi feita “ao arrepio da lei” deixando uma dívida de R$ 14 milhões. Ainda no entendimento do presidente, a Câmara tem de, por obrigação de oficio, se posicionar. “Não vou entrar no mérito de partidos, mas o vereador aqui tem de se posicionar”, disse.

José Carlos destacou ainda que “sempre” votou contra a Organização Social Pró-Saúde e classificou a entidade como um grupo que leva “um fardo de dinheiro”. Porém, emendou afirmando que não questiona a qualidade do serviço, mas, sim, a forma como o contrato foi feito pelo ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi. O vereador Hermôgenes de Oliveira (PMDB) também criticou a Pró-Saúde dizendo que a entidade é “uma caixa preta” e que por isso fica a vontade na Câmara para votar o projeto.

Para o vereador Gessani (PP) não se discute a qualidade do trabalho da Pró-Saúde, mas, sim, o modelo de gestão do hospital. Ele lembrou que a vereadora Anice (PT) o havia convencido (sábado) do votar pelo projeto, mas que o novo posicionamento do PT o havia deixado preocupado. Gessani reforçou a disposição de “pegar no pé do governador” para que o Estado atenda Foz do Iguaçu com a mesma atenção dedicada a outras cidades na garantia de atendimento hospitalar.