O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira (25), em Curitiba, que o ex-ministro Marcelo Calero (Cultura), agiu como louco ao gravar o presidente Michel Temer (PMDB), que supostamente o pressionou para liberar uma obra imobiliária em Salvador, a pedido também do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
“Eu tenho certeza que ele está louco. Gravar um presidente da República, isso não tem cabimento”, disse Maia que participou do encontro dos prefeitos eleitos pelo PPS do Paraná. Segundo ele, uma coisa é ele tomar a decisão de não estar confortável e achar que tem um excesso de outro ministro e pedir demissão. “Isso é legitimo. Agora, gravar um presidente, eu continuo achando que ele enlouqueceu”, reforçou.
Para Rodrigo Maia, Calero não tinha maturidade para ser ministro. “Ele deveria, na primeira vez que foi abordado pelo outro ministro, dizendo que aquilo ali era um constrangimento que o ministro deveria respeitar a pasta da cultura. Ele cometeu este erro de não ter antecipado. Agora, se ele está incomodado e acha que há algum crime, foi na Policia Federal e fez um depoimento. Vamos aguardar os próximos fatos”, disse.
O presidente da Câmara ressaltou que o ex-ministro Geddel tem um estilo objetivo e para quem não o conhece, pode parecer um pouco mais duro, mais incisivo. “Mas, pelo que a gente conhece do Geddel certamente ele deveria ter feito de outra forma, ter transferido aquilo para os representantes das empresas, não deveria ter tomado a decisão. Claro que aquilo ali não foi uma posição acertada, mas acho que há um exagero por parte do Calero”.
Rodrigo Maia descartou a hipótese de estar sendo mais ríspido com Calero, do que com Geddel. “Quando um ministro grava um presidente da República, de fato, tenho convicção que ele enlouqueceu. Acho que é uma questão gravíssima. Continuo achando que ele errou”. O presidente da Câmara não tem dúvidas que Geddel errou também e, pelo bem do governo, tomou a decisão certa de sair. “Vamos virar está página”, concluiu.
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