Arquivos

Categorias

Caíto Quintana defende direção independente no PMDB do Paraná

O deputado Caíto Quintana, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, defende uma direção independente para o comando do PMDB do Paraná. A avaliação do parlamentar é que o partido não deve ficar atrelado a nenhum dos grupos liderados pelo ex-governador Orlando Pessuti ou do senador Roberto Requião.

“Nós precisamos de um comando partidário. Não podemos ficar entre o grupo do Pessuti, o grupo do Requião. Precisamos de um comando que pense no fortalecimento do partido, ou o racha vai se aprofundar”, disse o deputado Caíto Quintana, em entrevista à jornalista Elizabete Castro, de O Estado do Paraná.

Para o líder do PMDB, um comando independente será fundamental para o partido na apresentação de quadros para as eleições municipais de 2012. “Em várias cidades, não temos nomes. E a eleição para a prefeitura é uma prévia da eleição para governador. Se não resolvermos essa situação logo, com uma boa reestruturação, na eleição para o governo, estaremos mais fragilizados do que agora”, concluiu.

A seguir a íntegra da reportagem:

“Caíto não quer nem Requião nem Pessuti no comando do PMDB

O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Caito Quintana, defende um comando neutro para o partido no Paraná. Quintana acha que o PMDB não pode estar submetido ao domínio de um grupo específico, vinculado às principais lideranças do partido como o senador Roberto Requião ou o ex-governador Orlando Pessuti.

Para Quintana, se o PMDB continuar sendo palco de uma disputa entre grupos, está fadado a se tornar um apêndice de outras forças políticas no estado. “Nós precisamos de um comando partidário. Não podemos ficar entre o grupo do Pessuti, o grupo do Requião. Precisamos de um comando que pense no fortalecimento do partido, ou o racha vai se aprofundar”, analisou.

A recomposição interna do partido é considerada por Quintana como uma etapa básica para que o partido se organize para as eleições do próximo ano. A projeção para 2012 não é das melhores para o PMDB, citou.

Além de Curitiba, onde o partido vive uma crise provocada pelas desavenças entre o grupo do senador Requião e a bancada estadual, o PMDB também está em situação eleitoral capenga nas maiores cidades do estado, apontou. Em Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, o partido ainda não tem nomes consolidados para a disputa da eleição às prefeituras.

Quintana observou que, se fracassar na disputa municipal, o PMDB estará comprometendo seu projeto na sucessão estadual de 2014. “Em várias cidades, não temos nomes. E a eleição para a prefeitura é uma prévia da eleição para governador. Se não resolvermos essa situação logo, com uma boa reestruturação, na eleição para o governo, estaremos mais fragilizados do que agora”, comentou.

A direção estadual do PMDB será renovada apenas no final deste ano. As brigas internas têm exigido jogo de cintura do atual presidente, Waldyr Pugliesi, que tenta conduzir o partido de forma a evitar maiores choques entre as diversas alas, principalmente os grupos de Requião e Pessuti.”