Um grupo de índios Caigangues, formado por mulheres e crianças, está acampado às margens do Rio Belém, ao lado da rodoviária de Curitiba. As mulheres trabalham na confecção do artesanato vendido nas ruas da capital. As crianças brincam e pedem dinheiro nas ruas. A estrutura é precária, as barracas feitas de lona plásticas e madeira velha. A situação é uma triste lembrança para Gleisi Hoffmann (Casa Civil) que se opõe, de forma contundente, contra a demarcação das terras indígenas e abandonou os índios à própria sorte no Paraná.
A falta de renda nas reservas é principal motivo para migração dos índios aos centros urbanos. “Falta vontade política”, aponta o coordenador da Funai em Curitiba, Evídio Batistelli. Segundo Batistelli, a Funai briga com a prefeitura para a criação de um espaço específico. “Na Vila Izabel temos um espaço onde é possível construir um abrigo definitivo. Isso depende muito da prefeitura, mas falta vontade política”.
Além dos descaso do neoamigo de Gleisi, o prefeito Gustavo Fruet (PDT), a ministra conta ainda com um histórico turbulento coms os índios. Em dezembro foi recebida com protesto na região Oeste com faixas “Gleisi não suje suas mãos com sangue de índios”. Na ocasião os índios queriam a atenção do governo federal para a demarcação de terras. Gleisi engavetou os pedidos de demarcação das terras indígenas. E ainda foi cobrada a dar explicações na Câmara dos Deputados sobre estudos falsos, um inclusive da Embrapa, e por declarar que os índios do Paraná são “paraguaios” porque falam guarani, a língua oficial do Paraguai.
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