Ricardo Noblat
E Waldir Maranhão, hein?
O presidente interino da Câmara dos Deputados não foi visto na posse do presidente Temer no Palácio do Planalto. E não foi convidado para a posse do ministro Gilmar Mendes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ontem à noite. A República compareceu em peso às duas posses.
Maranhão não tem sido visto nem mesmo na Câmara. Fez breves aparições por lá, sempre cercado de seguranças. Recusou-se a responder a perguntas de jornalistas.
Anunciou que não renunciará ao cargo. Os atuais componentes da direção da Câmara atenderam ao seu pedido e retiveram o pedido do DEM e do PSDB de abertura de processo da cassação do seu mandato. Maranhão é acusado de quebra de decoro parlamentar.
Na semana passada, ele foi o principal personagem de uma tentativa de golpe contra o impeachment concebida e comandada pelo então ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, com o conhecimento e apoio da presidente Dilma.
Agraciado pelo governo com cargos, e sabe-se lá mais com o quê, Maranhão anulou a votação do impeachment aprovado na Câmara. Sob pressão dos colegas, anulou seu próprio ato menos de doze horas depois de tê-lo assinado. Desde então mergulhou para ver se o esquecem.
Não será esquecido.
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