do Lauro Jardim
Essa campanha serviu, entre outras coisas, para acabar com um mito recente da política brasileira.
Nos últimos anos, e com mais intensidade desde o início de 2014, espalhava-se entre aqueles que tinham restrições a Aécio Neves que o tucano não resistiria a uma campanha presidencial.
Motivo: existiriam vídeos e fotos comprometedoras de Aécio em noitadas. A descrição das imagens variava de interlocutor para interlocutor. Mas todos eram unânimes em descrever cenas picantes ou desmoralizadoras, daquelas que destroem qualquer pretensão de um político para sempre.
Muitos dos interlocutores garantiam já ter assistido aos tais vídeos.
Pois bem, Aécio disputou uma campanha presidencial contra um PT com a faca nos dentes e, como se comprovou, disposto a tudo (ou a “fazer o diabo para se eleger”, na expressão de Dilma). E nada apareceu. Era papo-furado.
Igual a famosa bala de prata.