O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) atingiu a marca de R$ 700 milhões em financiamentos a projetos com foco em inovação na Região Sul. Cerca de 35% deste valor foi investido em empresas paranaenses.
O banco, administrado por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, investe no setor através do programa de desenvolvimento BRDE Inova, criado em 2013. Somente em 2018, R$ 187,2 milhões foram investidos pelo programa em projetos inovadores.
Em reunião com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, o diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski, destacou a relevância da atuação do Banco e o seu papel de indutor do desenvolvimento econômico focado em inovação.
“O Paraná é um dos estados mais inovadores e o desenvolvimento da economia paranaense passa pelo setor. A missão do BRDE é oferecer crédito para que esses projetos possam sair do papel e ofereçam soluções à população”, afirmou Lipski.
Mesmo atuando somente em três estados, o BRDE é o principal repassador da linha Inovacred, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O banco é responsável por 34% do total de operações da linha, praticamente o dobro do 2° colocado.
A Finep Inovacred financia projetos de empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões. Os recursos devem ser aplicados no desenvolvimento ou aprimoramento de novos produtos, serviços e processos. Também são financiáveis inovações em marketing ou organizacional.
O Banco também investe em inovação por meio dos Fundos de Investimento em Participações e é cotista de dois FIP’s: o Criatec 3 e o Fundo Anjo, ambos criados pelo BNDES e destinados ao investimento em startups.
Criatec
O Criatec 3 já investiu em 17 startups. No Paraná, o FIP apoiou a Neomode. A empresa desenvolveu uma plataforma que conecta vendas online com o estoque das lojas físicas. A integração faz com que os estabelecimentos comerciais, por meio de seus estoques locais, possam atender pedidos feitos pela internet, atuando como minicentros de distribuição.
Fundo Anjo do BRDE
No Fundo Anjo, o BRDE é o segundo maior cotista, com um aporte de R$ 15 milhões, atrás apenas do BNDES. Estima-se que o fundo tenha um capital integrado de R$ 100 milhões para estimular o desenvolvimento de startups e empresas inovadoras em fase inicial.
A expectativa do BRDE, segundo Lipski, é que o investimento em inovação seja recorde em 2019. “O principal ano do BRDE, em se tratando do apoio à inovação, foi 2018, quando tivemos um excelente desempenho. Neste ano, nossa meta é financiar, juntando todas as áreas da economia, R$ 1 bilhão no Paraná. O financiamento à inovação deve ser um dos que mais vão contribuir para este total”, disse.
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