O custo da corrupção no Brasil cresce avassaladoramente e já representa 32 dias de trabalho por ano. Isso levando em conta apenas as finanças públicas, com superfaturamento de contratos. Para chegar a esse número, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação analisou três milhões de compras de mercadorias realizadas por órgãos públicos federais, estaduais e municipais. O levantamento apontou que nesses casos os valores chegam a ser, em média, 17% superiores aos preços praticados pelo mercado privado. As informações são d’O Paraná.
O estudo foi feito a partir da análise de documentos obtidos por meio da lei de acesso à informação e a comparação com os preços das mesmas mercadorias, nas mesmas datas, feitas por empresas privadas.
Tão grave quanto a corrupção, e também um motivador importante dessa prática deletéria das finanças públicas, é o tempo que o País trabalha apenas para alimentar o caixa do serviço público.
Dia 1º de junho foi o primeiro dia de 2015 que o brasileiro não trabalhou somente para pagar impostos, após 151 dias de labuta destinados a custear a tributação. Segundo o IBPT, isso corresponde a 41,37% da renda bruta do trabalhador.
Esses números não seriam tão assustadores se o poder público brasileiro oferecesse à população contrapartida ao menos parecida com a assegurada por outros países com carga tributária idêntica.
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