O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado por fuzilamento na Indonésia, às 15h30 de sábado (17), horário de Brasília. Condenado à morte por tráfico de drogas, o brasileiro foi morto dentro do complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital, Jacarta. Além dele, outras cinco pessoas foram executadas no sábado. A confirmação foi dada pela Procuradoria-Geral daquele país. Por meio de nota, o Planalto disse que a presidente Dilma Rousseff ficou “consternada e indignada” com a execução. A presidente chamou a Brasília o embaixador brasileiro em Jacarta. As informações são da Folha de S. Paulo.
Marco foi o primeiro cidadão brasileiro executado por pena de morte no exterior. Ele havia sido preso em 2003 e condenado à morte em 2004.Na véspera da execução, o carioca recebeu a visita da tia, Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, e de dois funcionários da embaixada brasileira. Ela havia levado doce de leite e mel para o sobrinho.
Marco chorava muito desde o início da manhã, diante da morte iminente e pediu que um padre acompanhasse o fuzilamento. “O Marco não merece isso”, disse a tia. Ele chorou muito ao se despedir dela e a “beijou muito”, afirmou Maria de Lourdes.No momento do fuzilamento, 12 policiais se postaram com armas de curto alcance diante de Marco e, ao sinal do líder do pelotão, dispararam.Nem todas as armas tinham munição real –para que os atiradores não ficassem sabendo quem deu o tiro fatal na execução.Segundo a Procuradoria-Geral indonésia, um médico atestou a morte do brasileiro.
O corpo de Marco será cremado na Indonésia e trazido ao Brasil. Os custos serão pagos pela tia. O Itamaraty não pode pagar por funeral de brasileiros no exterior.
Durante o dia, autoridades de imigração em Cilacap apreenderam os passaportes de uma equipe da TV Globo. O repórter Márcio Gomes e um cinegrafista chegaram a ser detidos enquanto filmavam o porto de Cilacap.Após algum tempo foram liberados, mas os documentos não foram devolvidos
Segundo a Comunicação da Globo, ainda não se sabe o porquê de os passaportes terem sido retidos.As autoridades da Indonésia dizem que repórter e cinegrafista entraram no país com visto de turistas.A reportagem da Folha também foi abordada sob a ameaça de deportação.No Itamaraty, a medida foi vista como uma tentativa da Indonésia de afastar repórteres estrangeiros.
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