“Imagem de Bolsonaro é a pior possível no exterior, estamos perdendo capital e tudo isso nos remete à república das bananas”
O senador paranaense, Oriovisto Guimarães (Pode), fez um apelo a seus colegas no Senado Federal para a não aprovação de alguns Projetos de Lei que colocam o Brasil ainda mais para baixo. Fez também uma dura crítica ao presidente Jair Bolsonaro pela condução dos problemas que afetam a Nação, como o coronavírus e a economia, e lamentou o uso de palavrões que só denigrem a imagem do país no exterior. As informações são do Paraná Portal.
“A reunião ministerial, cheia de palavrões, onde o ministro da Educação chama os membros do Supremo Tribunal Federal de vagabundos, mostra uma imagem terrível do país no exterior e nos remete a uma república da banana”, disse Guimarães.
“Hoje, o Brasil vive a crise perfeita. Nós temos a crise política, nós temos uma crise na saúde e nós temos uma crise econômica. Para resumir bem esta história eu vou me valer de uma frase do economista Armando Castelar que diz o seguinte: investir no Brasil hoje seria como correr para um prédio em chama. Coisa para especialistas, loucos oportunistas de longo prazo ou para quem não tem outra opção, ou seja, para nós que vivemos aqui no Brasil, pois amamos o Brasil e vamos continuar”.
O senador lamenta a divulgação de imagens das vítimas da Covid-19, onde expõe enterros coletivos e a briga com governadores.
Guimarães disse que essa confusão só leva à fuga de capital. “Hoje o Brasil e a Índia são os dois países com mais fuga de capital do mundo”, lamentou, citando, também, a desvalorização do dólar que chegou a 40%, o que terá um efeito nocivo na frente.
Ele chama a atenção dos congressistas para o cuidado na discussão do PL 1328 que dispensa de pagamento no crédito consignado até o final da pandemia. “Isto não pode acontecer, porque quem possui crédito consignado são funcionários públicos e aposentados que não perderam suas rendas”, explica.
Também criticou o aumento da contribuição social no lucro líquido dos bancos, de 20% para 50%, o que aumentaria ainda mais as taxas de juros no Brasil.
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