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Brasil pode liderar produção global de petróleo em 10 anos, diz ANP

 

O Brasil caminha para ser 1 dos líderes mundiais da produção de petróleo nos próximos 10 anos, disse nesta 3ª feira (30.jul.2019) o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Felipe Kury, durante seminário técnico da 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás e da 6ª Rodada de Partilha da Produção do Pré-Sal, no Rio de Janeiro. As informações são do Poder 360.

Além desses, a ANP espera realizar ainda este ano mais 2 leilões: de cessão onerosa e de oferta permanente.

Para Kury, este é “1 momento incrível” para o Brasil se tornar líder no setor.

Kury disse que o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) levantando a possibilidade de conflito devido ao fato de os leilões serem muito próximos não vai alterar o cronograma estabelecido pela ANP, nem a recomendação desta para o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), no sentido de manter as datas programadas.

“O TCU está fazendo o trabalho que tem que fazer. Em todas as rodadas, a gente troca muita informação. E é 1 trabalho que dá robustez ao processo”. Do lado da ANP, disse que está sendo seguida a orientação recebida do CNPE. Além disso, a múltipla oferta de leilões pode viabilizar a participação de uma empresa em 1 pregão, que não teve condição de dar oferta em outro. “São múltiplas escolhas”, afirmou.

Kury disse que foi uma jornada muito intensa a dos últimos 2 anos para retomar os leilões. Foram vendidos 72 blocos com arrecadação de R$ 28 bilhões em bônus de assinatura. “É uma demonstração significativa da retomada do processo exploratório de petróleo no Brasil.”

CRONOGRAMA
A 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás e a 6ª Rodada de Partilha da Produção do Pré-Sal têm leilões marcados para 10 de outubro e 7 de novembro, respectivamente.

Já o leilão do excedente da cessão onerosa está programado para 6 de novembro. No caso do excedente da cessão onerosa, existe 1 operador, que é a Petrobras, e a ANP depende de informações da empresa para compor os dados técnicos. O leilão da oferta permanente, composta por campos devolvidos ou em processo de devolução, de blocos exploratórios ofertados em rodadas anteriores e não arrematados e também dos blocos devolvidos à ANP. A operação está programada para 10 de setembro e tem até hoje 47 empresas inscritas.

Felipe Kury disse que o leilão do excedente da cessão onerosa deverá arrecadar R$ 106 bilhões em bônus de assinatura. “Eu diria que é o maior leilão já visto na história do Brasil”. Por isso, considerou natural que o TCU peça detalhes para garantir que o processo seja feito de forma tranquila.

A 16ª rodada tem bônus mínimo estimado de R$ 3,2 bilhões, se todas as áreas forem arrematadas, com R$ 790 milhões de investimento. A 6ª rodada tem bônus de assinatura de R$ 7,8 bilhões. Para a oferta permanente, não há estimativa ainda da ANP.