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Brasil pode chegar a mais de 1 milhão de demissões até o fim de 2016

Brasil pode chegar a mais de 1 milhão de demissões até o fim de 2016

O fantasma do desemprego volta a assombrar os brasileiros. A expectativa dos analistas é que a taxa de demissões, que no ano passado era de 8,9% no 3º trimestre, alcance os dois dígitos em 2016. Especialistas da área estimam que 1 milhão de cidadãos devem ser dispensados do mercado formal ainda este ano.

Para o senador Dalírio Beber (PSDB-SC), a condição da economia nacional faz com que, nos dias atuais, não se possa mais falar em geração de empregos, e sim na sustentação das vagas de trabalho atuais. “A perspectiva é de que tenhamos mais um milhão de brasileiros sendo colocados na rua impactando fortemente a condição do orçamento familiar e a vida dos cidadãos. Essa é a herança do atual governo do PT”, disse.

Beber atribui o quadro pessimista à má gestão dos governos petistas. Para ele, houve falta de responsabilidade “daquele que tinha o dever de adotar uma política econômica que permitisse garantir as conquistas que foram alcançadas na década de 1990″.

O senador tucano ressalta que nenhuma media nova foi tomada pelos governos do PT além daquelas adotadas e implantadas nos governos do presidente Fernando Henrique Cardoso para que esse cenário fosse evitado.

Ele relembrou o período das campanhas presidenciais em 2014, e afirmou que a presidente Dilma Rousseff apresentou para os eleitores uma imagem de um país que não tinha problema algum. “Dilma apresentou um país que não tinha problemas inflacionários, que tinha pleno emprego, que tinha uma economia ajustada – inclusive escondendo números, que impactaram fortemente, depois que foram revelados, as contas e a estabilidade da economia do país”, afirmou.

Sobre uma possível solução para o quadro ruim, o parlamentar diz que é preciso valorizar os grandes mercados externos para colocar os produtos nacionais em posição de destaque no comércio exterior. “A indústria é a mola propulsora da economia de um país e nosso, infelizmente, priorizou muito a importação de produtos desassistindo o parque industrial brasileiro. Agora sentimos o peso da valorização do dólar, que faz com que os produtos importados fiquem proibitivos. Tem que haver mais seriedade por parte do governo para atacar exatamente os pontos mais importantes para retomar o desenvolvimento da nossa economia”, conclui.