O consumidor brasileiro continua submetido a taxas exorbitantes, com média de juros anuais de 280,82%, ao recorrer ao financiamento rotativo. Foi o que constataram a Proteste Associação de Consumidores e a Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), ao compararem a taxa média de juros cobrada nas operações com cartão de crédito com a de outros cinco países (Argentina, Chile, Colômbia, Peru, e México).
Foram encontrados juros exorbitantes de mais de 700% ao ano no cartão Santander Platinum. Se o consumidor tiver uma fatura no valor de R$ 500,00 nesse cartão, resolver pagar somente o mínimo (20% do valor total da fatura) e deixar rolar essa dívida por um ano, no fim desses doze meses estará devendo mais de R$ 3 mil.
Os dados são ainda mais alarmantes se compararmos a taxa praticada no Brasil com a de outros países. A taxa praticada no Brasil é 525% maior do que a do Peru, que é o país com a maior taxa dentre os analisados. A nação peruana cobra 44,8% ao ano e o México 39,16% anuais. O menor percentual é da Colômbia, com 28,31% anuais.
No Brasil foram levantadas as taxas de juros cobradas no rotativo por 60 cartões de crédito distribuídos por 11 instituições financeiras (Banco do Brasil, Banco IBI, Banrisul, Bradesco, BV Financeira, Caixa, Citibank, Credicard, HSBC, Itaú, e Santander).
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