Presidente diz que se perder o apoio popular “acabou” e afirma que se a pandemia estivesse sob sua coordenação “não teria morrido tanta gente”. Em seguida, defendeu mais uma vez a vacinação como “facultativa”.
No sábado (25), conversando com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, o presidente, Jair Bolsonaro, disse que se ele perder o apoio popular, “acabou”, segundo o UOL.
“Se eu perder o apoio popular, acabou”, afirmou Bolsonaro que, neste mesmo dia mais cedo, havia saído para outra motociata por regiões perto do Distrito Federal. Mais uma vez, o presidente promoveu aglomeração e estava sem máscaras.
Ainda na conversa com apoiadores, o chefe do Executivo também afirmou que se ele próprio tivesse coordenado a pandemia, “não teria morrido tanta gente”.
“Se eu estivesse coordenando a pandemia, não teria morrido tanta gente”, disse defendendo em seguida o chamado tratamento precoce e uso de medicamentos “off label”, quando o remédio é usado fora das recomendações da bula, como ocorreu com a cloroquina.
“Quando você fala em tratamento inicial, a obrigação do médico é buscar minimizar o sofrimento da pessoa, é o tratamento off label. Uma parte considerável de remédios foram descobertos por acaso”, afirmou o presidente.
Segundo a mídia, Bolsonaro ainda criticou medidas que, na prática, visam ampliar a cobertura de vacinados no Brasil. O presidente citou as decisões da Justiça trabalhista que reconheceram demissão por justa causa de funcionários que não quiserem receber o imunizante.
“Eu pergunto pra vocês, qual país do mundo faz acompanhamento de quem tomou vacina? Tem gente que está sofrendo efeito colateral, e o que está acontecendo? A CoronaVac ainda é experimental e tem gente que quer tornar obrigatória. Como tem juízes do trabalho que estão aceitando demissão por justa causa de quem não quer tomar vacina. Eu falei no ano passado: ‘No que depender de mim a vacina é facultativa’. Me acusam de negacionista”, declarou.
Bolsonaro enfrenta diversos desafios para a continuidade da sua gestão, e ontem (24), chegou a afirmar que fez mudanças ministeriais porque “precisa salvar o governo”, conforme noticiado.
Enquanto o presidente defende tratamento com remédios que já demonstraram não ter eficácia e ainda se mostra resistente à vacina, o Brasil totalizou 19,7 milhões de casos da COVID-19 no país e 549 mil mortes, de acordo com o Our World Data.
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