O deputado federal Zeca Dirceu (PT) disse nesta quinta-feira, 8, que a necropolítica do presidente Jair Bolsonaro (PL) está esvaziando mais um programa que atende os mais pobres no país: o Farmácia Popular, criado pelo presidente Lula (PT) em 2004. “Bolsonaro cortou 59% do orçamento do programa que atende mais de 21 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos”, comentou Zeca Dirceu.
O corte no programa é destaque pela imprensa nacional com base no levantamento da assessoria técnica do Senado Federal. “Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro quer ditar quem deve morrer no país, o que foi comprovado ao negar a vacina e nas políticas de exclusão dos indigenas, negros e dos mais pobres. O genocídio é método de governo de Bolsonaro”, disse.
A necropolítica, segundo Zeca Dirceu, quer empurrar a morte os mais pobres que não atendem mais o mercado consumidor e produtor. “O pobre não é o problema do país, é a solução pela força da mão de obra e poder de consumo. Não é cortando direitos e conquistas dos brasileiros que vamos resolver os problemas econômicos do país”.
Cortes – “É urgente acabar com essa máxima de quem não produz, não tem direito de consumir e de acessar serviços públicos básicos como a saúde e a educação de qualidade. A necropolítica invade áreas estratégicas e o pior exemplo está na segurança. Quem morre de forma violenta no país é jovem, preto e pobre”, completa o deputado federal.
Segundo levantamento de Moretti, assessor do Senado e especialista em orçamento da saúde, o governo Bolsonaro cortou R$ 1,2 bilhão do programa no orçamento de 2023. Os gastos para a saúde indígena foram cortados em R$ 870 milhões – são previstos em R$ 610 milhões em 2023 — ante R$ 1,48 bilhão em 2022.
O programa Farmácia Popular distribui gratuitamente medicamentos para asma, hipertensão e diabetes, entre outras doenças. Em 2022, as despesas com a gratuidade do programa prevista somaram R$ 2,04 bilhões. Já no projeto de Orçamento de 2023, o governo previu R$ 842 milhões.
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