do UOL
O BNDES aprovou o empréstimo para a reforma da Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR que será o palco da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba. O tomador dos recursos é o Estado do Paraná, que após receber os valores irá transferi-los para uma empresa criada pelo Atlético para gerir o dinheiro.
Assim, os recursos serão emprestados pelo governo federal para o Estado do Paraná, que repassará para o Atlético-PR. Mas, o dinheiro que será utilizado para pagar o financiamento virá da prefeitura de Curitiba, que, em junho deste ano, liberou para o Atlético-PR títulos municipais no valor de R$ 128 milhões, que serão utilizados no pagamento da obra de reforma da arena.
Assim como em outra arena privada que será utilizada no Mundial, o Itaquerão, do Corinthians, em São Paulo, a engenharia financeira montada para custear a obra (avaliada em R$ 183 milhões) envolve todas as esferas administrativas do poder público, e quem menos vai gastar com a empreitada é o Atlético-PR.
O município de Curitiba entra com os chamados títulos de potencial construtivo, que são papéis garantidos pelos cofres municipais e comercializáveis no mercado financeiro. O clube curitibano vai utilizar os recursos advindos da venda dos títulos para pagar um financiamento subsidiado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 131 milhões, ou 75% do valor total da obra.
Como o empréstimo não foi liberado ao Atlético-PR, que não conseguiu cumprir as garantias exigidas pelo banco federal, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou uma lei que permite que o próprio Estado assuma o endividamento junto ao BNDES, a ser pago diretamente com recursos repasssados pelo Fundo de Participação dos Estados.
A partir daí, o Paraná empresta este dinheiro ao Atlético-PR. O clube, por sua vez, vai pagar o Estado com os títulos da prefeitura. Dos cofres privados do Atlético só sairão mesmo R$ 15 milhões, que aliás já foram consumidos na obra. Os R$ 30 milhões faltantes para fechar a conta virão do Estado do Paraná, via uma entidade estatal chamada Fomento Paraná.
A previsão de entrega do estádio reformado é para março de 2013, mas é possível que exista atraso. “Dificilmente uma obra desse porte não atrasa. Dependendo do clima, pode atrasar uma semana, um dia, ou até um mês”, afirmou, em junho, o secretário municipal para assuntos da Copa, Luiz de Carvalho.
O financiamento de R$ 131 milhões para a reforma e ampliação da Arena da Baixada, palco de quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014, vai ser liberado em cinco parcelas. A primeira delas deve ocorrer dentro de 30 dias.
Dez das 12 obras em estádios da Copa já tiveram liberados empréstimos do BNDES. Falta apenas a liberação para o estádio do Beira-Rio, de propriedade do Internacional-RS. O Estádio Nacional Mané Garrincha, sendo construído em Brasília, não terá recursos do BNDES.
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