A Bienal Internacional de Curitiba completa 20 anos em 2013 priorizando a arte que vai para as ruas, com ações que não se restringem aos museus e galerias de arte, mas que ganham o espaço urbano. Com curadoria geral dos críticos de arte Teixeira Coelho (MASP) e Ticio Escobar (Bienal de Valencia), acontece na capital paranaense entre os dias 31 de agosto e 1º de dezembro com obras de artistas dos cinco continentes em mais de 100 espaços da cidade.
“O único critério para a seleção das obras é o da qualidade e pertinência: elas devem impor-se pela qualidade e serem capazes de apontar para algumas das inúmeras questões da arte contemporânea”, dizem os curadores gerais ao explicar por que optaram por deixar de lado a prática de se escolher um tema e um título para as bienais.
Foram selecionados 150 artistas sob curadoria de Coelho e Escobar, de Stephanie Dahn Batista (coordenação curatorial), de Adriana Almada (adjunta), Tereza de Arruda (associada), Maria Amélia Bulhões, Fernando Ribeiro e Ricardo Corona (convidados). Pensando na formação de novos profissionais, a Bienal instituiu o Prêmio Jovens Curadores, nesta edição foram selecionados Angelo Luz, Debora Santiago, Kamilla Nunes e Renan Araujo. Dentre os artistas, figuram os nomes Ai Weiwei (China), Ann-Sofi Sidén (Suécia), Antoni Abad (Espanha), Luis Felipe Noé (Argentina), Katharina Grosse (Alemanha), Martine Viale (Canadá), Peter Kubelka (Áustria), Regina Silveira (Brasil) e William Kentridge (África do Sul).
Nesta edição, a arte urbana e as performances artísticas ganham atenção especial, pois, além de estarem cada vez mais fortes e presentes no cenário internacional, oferecem um contato direto e imediato com a comunidade. Não fosse o bastante, as obras de rua ainda ajudam a cumprir o papel de deixar heranças mais duradouras, ampliando sua ação para além do período de exposições. Literatura e web arte recebem também grande espaço no evento.
“A Bienal é uma excelente oportunidade para se ter contato com o que há de mais contemporâneo no mundo da arte. Ao observar as obras, acompanhar as performances, visitar um museu, é possível cruzar fronteiras geográficas e expandir o repertório cultural. Este ano, a Bienal envolverá toda a cidade, provocando as pessoas de um jeito diferente”, afirma o diretor-geral da Bienal, Luiz Ernesto Meyer Pereira.
Educativo – O Projeto Ação Educativa Instituto Votorantim, sob curadoria do professor Luciano Buchmann, busca prolongar e potencializar os efeitos da Bienal na rede pública de ensino. A proposta é criar uma rede multiplicadora de conhecimento com palestras, mesas-redondas e visitas mediadas. Será publicado um material educativo (disponível também para download), impactando professores, alunos e a comunidade em geral. Todas as bibliotecas escolares do Paraná receberão essa publicação.
Histórico – A Bienal Internacional de Curitiba teve sua primeira edição em 1993, quando ainda se chamava “VentoSul − Mostra de Artes Plásticas”, com artistas da Argentina, Brasil e Paraguai. Em 1995, ampliou a participação para artistas do Chile e Uruguai. O marco da edição de 1997 foi a itinerância com obras que seguiram para grandes centros culturais como o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e o Centro Cultural Recoleta (Buenos Aires).
Em 2007, a mostra passou a ser temática com obras relacionadas a “Narrativas Contemporâneas”. Em 2009, o grande tema abordado foi “Água Grande: Os Mapas Alterados”, trazendo artistas como Bruce Naumann, Gary Hill e Marina Abramovic. Em 2011, foi intitulada Bienal de Curitiba e transformou a cidade num grande espaço de arte contemporânea, com destaque para o projeto educativo visando democratizar as artes visuais. Em 2013, a Bienal Internacional de Curitiba comemora 20 anos de história e se consolida como um dos eventos mais importantes do circuito mundial.
+ Circuitos – Com o intuito de expandir e consolidar seus vínculos locais, a Bienal apoia a realização de três circuitos. O FICBIC, Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba, realizado de 24 a 29 de setembro, tem curadoria de Eduardo Baggio. A programação conta com exibição de filmes nacionais e internacionais e uma mostra universitária competitiva, cuja premiação é uma viagem para o 64º Festival Internacional de Cinema de Berlim. O CUBIC, Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba, promove debates, reflexões e expõe obras de artistas universitários. O Circuito de Galerias conta com uma programação especial nas principais galerias de arte contemporânea da cidade.
Bienal Aberta – Durante os três meses da Bienal Internacional de Curitiba, instituições públicas e privadas realizarão uma programação paralela. A Bienal Aberta, sob coordenação do artista e professor Tom Lisboa, busca aproximar arte e comunidade ampliando seu alcance.
Roteiros – São três tipos de roteiros para quem quiser visitar a Bienal: a Pé, de Bicicleta ou de Van. Basta escolher qual o melhor trajeto, agendar a visita via site e aproveitar tudo o que está exposto pela cidade. Quem quiser também pode adquirir um guia pocket bilíngue, que mostra onde as obras estão, seja nos espaços expositivos ou na rua. Esta é uma ótima opção para os turistas que vêm para Curitiba na época da Bienal.
Itaú Unibanco – Não é de hoje que o banco entende a preservação e o acesso à cultura nacional como alicerces para o desenvolvimento de uma sociedade crítica e independente. Dentre as iniciativas no âmbito da cultura vale destacar a criação do Itaú Cultural, há 25 anos, o Espaço Itaú de Cinema e o apoio à importantes festas populares em todo o Brasil, com o propósito de valorizar as iniciativas das comunidades onde atua e incentivar o desenvolvimento social e cultural dessas localidades, como o Festival de Teatro de Curitiba, a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), o Festival de Dança de Joinville, além do Carnaval de Salvador, Rock in Rio, entre outros.
Patrocínio – A Prefeitura Municipal de Curitiba/Fundação Cultural de Curitiba e o Banco Itaú apresentam a Bienal Internacional de Curitiba 2013, realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (Lei Rouanet). Esta edição também conta com o patrocínio Petrobrás, BNDES, Copel, Sanepar, Instituto Votorantim, Volvo e Barigui Financeira, além do apoio do Governo do Paraná/Secretaria de Estado da Cultura, Sesi no Paraná e Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.
A Bienal Internacional de Curitiba 2013 tem parceria institucional com a Secretaria Municipal da Educação, Secretaria de Estado da Educação, Instituto Municipal de Turismo, Universidade Federal do Paraná, Unespar/FAP, Unespar/Embap, Secretaria Municipal de Comunicação Social, Apap – Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná. Conta ainda com o apoio cultural do Goethe-Institut, Aliança Francesa, Instituto Cervantes, PUC-PR e Universidade Positivo.
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