Por Ivan Santos, no blog Política em Debate:
O governador Beto Richa (PSDB) venceu as últimas resistências que haviam dentro do PSDB para trazer toda a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa para a base do governo. Em conversa ontem à noite com o líder da bancada governista, deputado Ademar Traiano, Richa conseguiu convencer o aliado a aceitar a adesão em bloco dos 13 deputados peemedebistas.
Até então, Traiano alegava disputas regionais como parlamentares do partido em suas bases eleitorais no interior para vetar a entrada de alguns deputados do PMDB que ainda não haviam aderido ao governo. “Não tem como dizer não. Na vida política você tem que superar todos os dias e ‘engolir sapos’. Fala mais alto o projeto do governador”, confirmou hoje Traiano.
“Isso (disputas regionais) para nós está superado. Se o governador desejar e o PMDB achar que deve vir para a base, nós concordamos”, disse o presidente da Assembleia e vice-presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni.
Segundo ele, as negociações para trazer o PMDB para o governo já vem sendo conduzidas há dois meses. “Acho que agora é questão de horas para que aconteça”, prevê.
Mais do que apoio na Assembleia, Richa visa com o acordo ter o apoio do PMDB à sua reeleição em 2014. Com isso, ele isola o PT, que pretende lançar a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para a disputa pelo governo, e esperava manter o PMDB como aliado no Estado.
Até agora, dos 13 parlamentares peemedebistas na Assembleia, sete já apoiavam o governo, sendo que um deles, o ex-líder da bancada de Requião, Luiz Cláudio Romanelli, foi nomeado secretário de Estado do Trabalho. Ainda estavam de fora os deputados Caito Quintana, Nereu Moura, Anibelli Neto e Waldyr Pugliesi.
Nos últimos dias, Nereu Moura e Pugliesi já haviam admitido que o partido estaria próximo de um acordo com o governo e o PSDB. Moura, inclusive, alegou que os deputados se sentiam “abandonados” pelo PT.