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BETO RICHA MANTÉM BOMBARDEIO JUDICIAL CONTRA DOÁTICO SANTOS

O presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, enfrenta mais uma querela patrocinada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Doático e Beto estarão frente a frente no Tribunal Regional Eleitoral na próxima quinta-feira (8) numa ação, por desobediência eleitoral, movida pelo Ministério Público contra o dirigente peemedebista. O prefeito será oitivado como testemunha na ação em que é o principal interessado.

“Querem me imputar por matérias e opiniões à respeito das ações e condutas do prefeito durante o processo eleitoral no site www.frenteampla.com. Site este, no qual não sou o representante legal,  e que o mesmo e um dos poucos canais de expressão das lideranças dos movimentos sociais”, disse Doático Santos.

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BETO RICHA MANTÉM BOMBARDEIO JUDICIAL CONTRA DOÁTICO SANTOS

BETO RICHA MANTÉM BOMBARDEIO JUDICIAL CONTRA DOÁTICO SANTOS

O presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, enfrenta mais uma querela patrocinada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Doático e Beto estarão frente a frente no Tribunal Regional Eleitoral na próxima quinta-feira (8) numa ação, por desobediência eleitoral, movida pelo Ministério Público contra o dirigente peemedebista. O prefeito será oitivado como testemunha na ação em que é o principal interessado.

“Querem me imputar por matérias e opiniões à respeito das ações e condutas do prefeito durante o processo eleitoral no site www.frenteampla.com. Site este, no qual não sou o representante legal,  e que o mesmo e um dos poucos canais de expressão das lideranças dos movimentos sociais”, disse Doático Santos.

A oitiva do prefeito será às 14h no juízo da 177ª zona eleitoral (rua João Parolin, 55). “Estarei lá na defesa intransigente da liberdade de atuação dos movimentos sociais e das pessoas de bem, mesmo que isso cause repulsa ao prefeito e seu grupo político”, disse Doático.

CERCEAMENTO – As ações promovidas pelo prefeito de Curitiba e seus aliados configuram, segundo Doático Santos, crime contra a liberdade de expressão e de manifestação. “São tentativas de cercear a livre manifestação e a opinião dos ativistas políticos contrários ao prefeito e que denunciam ainda as irregularidades cometidas pelo seu grupo político”, disse.

“Acabei de escrever um artigo em que faço um paralelo entre o novo regramento da internet para as eleições de 2010 e o que ocorreu nas eleições de 2008. As ações, inquéritos e outras intimidações que aconteceram no processo eleitoral foram sem precedentes. O objetivo era único: criminalizar as lideranças populares”, completou.

FITA TUCANA – Doático adianta outro episódio que, segundo ele, comprova o processo de perseguição política o qual foi submetido. A Polícia Federal o intimou a prestar esclarecimentos sobre uma fita de três horas, gravadas pela campanha do prefeito Beto Richa, sobre a distribuição de cópias de cheques na campanha eleitoral de 2008.

A PF investiga quem é o autor das cópias do famoso cheque – dos R$ 10 milhões pagos irregularmente nas últimas horas do governo Jaime Lerner pelo Pepe Richa e que, segundo um empreiteiro, saldou dívidas da campanha do irmão Beto Richa – distribuídas na campanha eleitoral de 2008.

FASCISMO – “Vejam só a que ponto chegamos: um partido gravar um dirigente de outro partido para supostamente imputá-lo em crime eleitoral. Essa gravação e esse partido é que são criminosos. A minha militância faz parte do meu ativismo político desde a minha juventude. E não serão métodos fascistas que vão me intimidar”, disse Doático Santos.

As três horas de gravação da fita, segundo Doático, mostram uma pessoa vestida de fantasma conversando com o peemedebista. “Infelizmente eu não conheço o fantasma, mas lembro do episódio da sogra fantasma, das caixas pretas da prefeitura, das denúncias do lixo, do transporte coletivo, da propaganda e de tantos outros escândalos – com robustas evidências – que sequer tiveram a sorte da abertura de qualquer procedimento investigativo por parte da Polícia Federal”, completa.

Doático Santos disse que todas as ações e outros procedimentos que responde farão parte do dossiê que será entregue a Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados. “Eu que fui partícipe da luta contra o fim da ditadura no país, me sinto hoje como um perseguido político”.