Plena discordância
A cada dia um embrulho novo nas relações da prefeitura de Curitiba com empresas que lhe prestam serviços. Agora é a corretora de seguros Plena, que no mês passado teve cancelado o contrato de seguro de vida para os servidores municipais, e requereu na Justiça o direito de continuar recebendo do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) as comissões sobre as apólices que ao longo dos três anos em que vigorou seu contrato.
Ao julgar liminarmente o pedido da Plena (processo 53198/ 2009), a juíza Vanessa Camargo, da 4.ª Vara da Fazenda Pública, afirmou que a ação carece de “qualquer elemento idôneo” como “prova inequívoca e suficiente” de suas alegações. Isto é, ficou plenamente contra. A empresa, representada pelo advogado Pedro Henrique Xavier, tem 15 dias para recorrer.
Para quem não se lembra, um pouquinho da história. A Plena tem como um dos sócios Muriel Klaus, filho do empreiteiro Alberto Klaus, dono da construtora Iguatemi e presidente (só até hoje) do diretório municipal do PP, partido da base de apoio de Beto Richa. Testemunhas vivas afirmam que desde a primeira gestão do prefeito o empresário transitava com inusitada desenvoltura e influência nos gabinetes prefeiturais.
Pois bem: no mês passado veio a público que a Iguatemi até documentos forjados apresentou para participar de licitações municipais. A prefeitura não teve como não reconhecer as provas. Armado o escândalo, a Plena foi de roldão: teve o contrato cancelado e foi substituída por outra corretora. Inconformada com a substituição, a empresa quer, no entanto, auferir as comissões futuras. Do colunista Celso Nascimento na Gazeta do Povo desta segunda-feira (6).
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