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Beto Richa diz que greve não se justifica e pede ordem e paz no Paraná

Governador Beto Richa fala para telejornais de canais de televisão do Paraná. Curitiba, 28/04/2015. Foto: Orlando Kissner/ANPr
Governador Beto Richa fala para telejornais de canais de televisão do Paraná.
Curitiba, 28/04/2015.
Foto: Orlando Kissner/ANPr

O governador Beto Richa afirmou nesta terça-feira (28) não ter dúvida alguma de que há motivação política na greve dos professores. “Não há justificativa para a paralisação dos professores”, afirmou Richa. “O que há é uma instrumentalização deste movimento por partidos políticos, pela CUT, pela APP-Sindicato, que é um braço sindical do PT e que querem o confronto e o desgaste político do governo porque são meus adversários”, disse ele em entrevista para emissoras de TV.

Richa disse ainda que cumpre decisão judicial de colocar policiais em frente a Assembleia para garantir o funcionamento da Casa. “Peço a todos para manterem a ordem, a paz e permitirem, democraticamente, que a Assembleia Legislativa possa funcionar. Que os 54 deputados, favoráveis ou contra este projeto, possam exercer suas atribuições, para as quais foram eleitos.”

MAIOR AUMENTO – Ao afirmar que não há justificativa para a greve, Richa ressaltou ser o governador que deu o maior aumento salarial na história do Estado aos professores, de 60%. “Acredito que não tenha um estado no Brasil que nos últimos quatro anos tenha dado um aumento maior que o Paraná”, disse.

Ele mencionou a ampliação em 75% da hora atividade, o reconhecimento do curso da Vizivali, que beneficiou mais de 30 mil pessoas. “Melhoramos a qualidade dos alimentos na merenda escolar, triplicamos os repasses aos prefeitos para o transporte escolar. Tudo o que era possível foi feito para a Educação. Os maiores avanços se deram no meu governo. Demonstramos respeito e valorização dos professores e servidores do nosso Estado foi dado na prática pelo nosso governo e o meu compromisso pessoal com os professores”, afirmou.

SEGURANÇA E INTEGRIDADE – Beto Richa afirmou que a presença de policiais em frente à Assembleia Legislativa se dá em cumprimento a uma decisão judicial, para garantir o funcionamento da instituição. “Para garantir, inclusive, a segurança e a integridade física de deputados e dos funcionários. Nós vimos, há dois meses, a invasão da Assembleia e o pânico gerado por muitas pessoas que não tem a ver com a Educação. Tínhamos ali pessoas infiltradas para promover a baderna e provocação. Isso nós temos que evitar ao máximo, com muita serenidade”, enfatizou o governador.

Ele explicou que a avaliação e a estratégia técnica de cumprir essa decisão judicial cabe ao comando da Polícia Militar e à Secretaria de Estado da Segurança Pública. “Sempre peço ao comandante da polícia, ao secretário de Segurança Pública e a todos os envolvidos que haja o preparo da polícia, como já vimos em diversas ocasiões, por exemplo, nas manifestações de 2013. A polícia conseguiu conter a onda de quebra-quebra e a depredação de patrimônios públicos e particulares. O nosso pedido é para que a polícia mantenha a ordem e a paz sem agressões”, afirmou.

PREVIDÊNCIA – O governador disse que o projeto de lei que está em votação na Assembleia Legislativa é baseada em estudo atuarial feito por técnicos da Previdência do governo estadual. “Houve um amplo debate com a sociedade, foram dois meses debatendo com o fórum de entidades sindicais do Paraná, com os sindicatos representantes dos servidores públicos e suas categorias, com o Ministério Público, com os maiores especialistas da previdência do Estado. A proposta foi elogiada, como a melhor para o sistema previdenciário do Estado.”

Ele afirmou que as pessoas vão entender a importância da aprovação do projeto, que vai garantir a solidez e o equilíbrio do fundo Previdenciário e também o fundo Financeiro do Estado. “Vamos continuar aportando cerca de R$ 5 bilhões por ano, garantindo a solidez de ambos os fundos”.

FALÁCIA DA OPOSIÇÃO – “É uma falácia da oposição quando afirma que vou confiscar o fundo Previdenciário para melhorar o caixa do Estado. Os petistas que me agridem, por exemplo, não citam que o governo federal não tem um fundo previdenciário”, disse ele. Richa afirmou que os aportes feitos na sua gestão duplicou o capital do fundo Previdenciário, de R$ 4 bilhões para R$ 8,5 bilhões. Todos os direitos dos servidores estarão assegurados”, disse.

Para Richa, o recurso é do servidor público e que os R$ 8,5 bilhões são exclusivos para o pagamento de aposentados e pensionistas. “Estamos garantindo isso. E com os aportes que o governo vai fazer asseguraremos a solidez e o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.

O governador enfatizou que a elaboração do projeto demandou dois meses de muita discussão com todos os interessados. “A grande maioria aceitou as propostas do governo, com exceção da oposição, que me parece não estar interessada em garantir a segurança dos pagamentos dos servidores, a solidez destes fundos. Querem mais é o debate político para gerar desgaste do meu governo, informando erroneamente a população e os professores, que estão assustados achando que ficarão sem a aposentadoria”, disse Richa.

“Isso é impossível, ilegal e não é o que propõe o nosso projeto. Pelo contrário, ele garante a segurança a todo o servidor do Estado. É obrigação do governo prover todo o salário dos servidores ativos e inativos. O risco de haver qualquer tipo de prejuízo aos servidores é zero”, concluiu o governador.