O governador Beto Richa apresentou nesta segunda-feira (14/08), em São Paulo, as oportunidades de investimentos no Paraná para dezenas de empresários brasileiros. Richa reforçou que o Estado vive um novo momento de crescimento e de resgate da confiança do setor produtivo, com um governo estável e com segurança jurídica.
Em pronunciamento durante o Seminário Lide (Grupo de Líderes Empresariais), uma iniciativa do Grupo Dória, o governador disse que o Paraná tem enorme potencial para investimentos em biotecnologia, nanotecnologia, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, metalmecânica e equipamentos médicos, além de energia e reflorestamento. Uma das áreas potenciais ressaltadas por Richa foi o de fornecimento de serviços, peças e equipamentos para a exploração de petróleo da camada Pré-Sal. Ele destacou a posição privilegiada do litoral paranaense em relação às principais bacias petrolíferas do País.
Richa afirmou que o governo estadual desenvolve um projeto em Pontal do Paraná para criar o Pontal do Pré-Sal, um condomínio de empresas voltadas para a indústria do petróleo.
De acordo com ele, o local já abriga a Techint, que vai fabricar duas plataformas, e entre os grupos interessados em se instalar na região, inclusive com pedido de licença ambiental, estão Odebrecht, Queiroz Galvão e a empresa norueguesa Subsea7.
Diálogo – O governador disse que o Paraná ficou muito tempo estagnado e com poucos investimentos em infraestrutura. “Com uma postura de diálogo franco e portas abertas para as negociações, queremos promover o desenvolvimento econômico e social do Estado”, afirmou o governador.
Richa explicou que o desenvolvimento econômico do Estado é potencializado por fatores que interagem. Ele citou como exemplos o crescimento do consumo das famílias, o aumento das exportações do agronegócio, a expansão do setor agroindustrial, a instalação de novas indústrias e os investimentos públicos em estradas, ferrovias, portos e aeroportos.
Paraná Competitivo – Segundo Richa, com a necessidade de retomar o dinamismo econômico paranaense, o governo estadual criou no início de 2011 o programa Paraná Competitivo para estimular à industrialização e atração de novas empresas. A medida segue as regras do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Ele explicou aos empresários que o programa de incentivos é baseado em contrapartidas como criação de bons empregos, geração de impostos em escala, inovação tecnológica e cuidados com o meio ambiente.
Desde a sua implantação, o Estado já conquistou mais de R$ 18 bilhões em investimentos produtivos, que estão gerando cerca de 80 mil empregos. Veículos, autopeças, plataformas petrolíferas, biodiesel, alimentos, máquinas pesadas, reflorestamento, pneus, embalagens descartáveis, papel e celulose e medicina estão entre os setores econômicos atraídos para o Estado.
Emprego – Um dos pontos destacados por Richa é a qualidade da mão de obra paranaense e o investimento que o Estado está fazendo na capacitação de trabalhadores com a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. “No Paraná não há risco de apagão de mão de obra. Temos uma política de capacitação ditada pelas vocações de cada cidade e as demandas de mercado”, disse.
Infraestrutura – De acordo com o governador, é fundamental que, aliado a atração de investimentos, o governo invista em infraestrutura de transporte e logística para o crescimento econômico do Paraná. Para isso, Richa citou um programa de R$ 840 milhões para melhoria e manutenção da malha rodoviária estadual e os investimentos para ampliar e modernizar o Porto de Paranaguá.
Nos últimos anos, o porto aumentou significativamente sua capacidade operacional. Foram mais de 20 milhões de toneladas de cargas movimentadas no primeiro semestre deste ano, volume 5% superior ao registrado no mesmo período em 2011.
Em junho foi iniciada a dragagem de manutenção dos pontos críticos do canal de acesso ao porto, obra que vai restabelecer a profundidade original desse canal, de 15 metros.
Uma outra obra importante que irá melhorar a infraestrutura logística do Paraná, será a criação da ferrovia que ligará Cascavel, no Oeste do Estado, a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Essa intervenção, que terá 420 quilômetros de extensão, está em estudo de viabilidade e ampliará expressivamente as operações no corredor de exportações paranaense.
Agência – O governador citou ainda a criação da Agência Paraná de Desenvolvimento com o objetivo de estabelecer uma porta de entrada para todos os investimentos produtivos no Paraná.
“Tenho certeza que os frutos dessa estratégia, já utilizada por alguns Estados, vai colocar o Paraná na linha de frente dos interesses empresariais nacionais e internacionais, que buscam expandir seus negócios no Brasil”, afirmou.
Para concluir, o governador apresentou ainda os investimentos ampliar a oferta de energia e crédito para o setor produtivo.
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