O governador Beto Richa anunciou o início das obras de duplicação do trecho de 14,4 quilômetros da BR 277, entre os municípios de Matelândia e Medianeira, na região Oeste. Um termo de ajuste foi assinado com a concessionária Ecocataratas, responsável pela rodovia, e prevê que a obra deve começar em até 40 dias. O investimento de R$ 50 milhões segue tabela do DER, com uma redução de R$ 5 milhões em relação à proposta inicial.
A duplicação não vai causar impacto inicial na tarifa de pedágio. Pelo acordo, somente depois que a obra estiver concluída a empresa poderá incluir o investimento na planilha de custos de operação. Mesmo assim, qualquer acréscimo no preço cobrado dos usuários deverá ser temporário, pois terá que vigorar por um prazo determinado para amortização. Além disso, a taxa interna de retorno (TIR) da empresa foi reduzida de 16,43% para 12%.
“Esta obra é uma grande vitória para todos os paranaenses, fruto do diálogo, do entendimento e do respeito entre o Governo do Estado e a concessionária que administra a rodovia”, disse o governador. “Estamos garantindo mais segurança e mobilidade para todos que utilizam esta rodovia”, afirmou Richa.
O governador ressaltou que o Estado passa por um momento de transformação na infraestrutura e adiantou que está em andamento o projeto de duplicação da BR-277 entre Medianeira e Cascavel. Ele também anunciou que na próxima semana será lançada a duplicação do contorno de Mandaguari, na BR 376, com 11 quilômetros de extensão e investimento de R$ 85 milhões. “Estamos fazendo prevalecer o interesse da população”, disse.
TRECHO CRÍTICO – Os 14,4 quilômetros que serão duplicados compõem o setor mais crítico da ligação entre Medianeira e Cascavel. A duplicação segue as normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a previsão de término é de 540 dias. O projeto prevê a construção de trincheiras, vias marginais, viadutos e passarelas para pedestres.
Segundo a secretaria de Infraestrutura e Logística, levantamentos apontam que a maioria dos acidentes na via ocorrem no trecho. Entre janeiro de 2008 e julho de 2011, a Polícia Rodoviária Federal atendeu 730 ocorrências, com 29 mortes.
“Este é um marco de um importante trabalho de resgate do diálogo e do entendimento em favor da segurança e bem estar da sociedade”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele afirmou que a duplicação estava prevista no contrato original, mas a obrigatoriedade foi retirada pelo governo. “Com entendimento com este governo conseguimos rapidamente anunciar a duplicação”, disse o superintendente da Ecocataratas, Evandro Couto Vianna.
Para o presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Elieser José Fontana, a duplicação vai proporcionar desenvolvimento para a região Oeste. “A BR 277 é um corredor de escoamento da produção agropecuária do Estado e uma via de ligação fundamental com os mercados do Paraguai e da Argentina”, afirmou.
Estiveram no evento o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni; os deputados estaduais Reni Pereira e Leonaldo Paranhos; os deputados federais Osmar Serraglio e Eduardo Sciarra e prefeitos da região.
Sim? Mas, quem paga a obra? Faltou explicar isso, é possível essa explicação?
Já pagamos Perci..Já pagamos….na verdade ja estamos pagando as que serão feitas daqui 20 anos