Visto em perspectiva histórica, desemprego crônico é uma anomalia. Nenhuma sociedade antiga condenou grupos significativos de seus integrantes a uma existência desprovida de função. No mundo contemporâneo, porém, parte da população não consegue encontrar um lugar social definido.
Parece um problema insolúvel, que, com a crise, volta a crescer. Pelo menos três escolas, em economia, abordaram teoricamente a questão. Para os neoclássicos, os fatores de produção (entre eles o trabalho) são usados até o ponto em que o seu custo iguala a sua produtividade marginal (ou seja, a produtividade da última unidade aproveitada). Se há desemprego, então o custo do trabalho está maior que a sua produtividade marginal. É preciso ajustar as duas variáveis. Como a produtividade é relativamente rígida no curto prazo, o ajuste se faz pela redução dos salários. Se pressões políticas ou sindicais impedirem esse movimento, o mercado de trabalho funcionará de forma imperfeita, com desemprego.
trecho do artigo "Bela Solução", do economista Cesar Benjamin. Leia aqui sua íntegra.
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