Arquivos

Categorias

Banco Mundial: Brasil terá maior queda na América Latina em 2016

Banco Mundial: Brasil terá maior queda na América Latina em 2016

A economia do Brasil deve ter encolhido 3,7% em 2015 e vai recuar outros 2,5% este ano — a maior queda da América Latina — segundo o relatório “Perspectivas Econômicas Globais” do Banco Mundial (Bird), divulgado nesta quarta-feira. O órgão internacional destacou o risco de uma prolongada debilidade econômica no país e na Venezuela que “estão lidando com uma inflação alta e contração da atividade, que se une a desequilíbrios macroeconômicos e incerteza política”. A economia da América Latina e do Caribe deve paralisar este ano após contração de 0,9% em 2015, tornando-se a região emergente com pior desempenho, de acordo com as informações publicadas. As informações são d’O Globo.

“O investimento no Brasil vem caindo desde 2013 devido à perda de confiança de investidores, que foram exacerbadas em 2015 pelo avanço das investigações no escândalo da Petrobras. O aperto monetário e fiscal, aceleração da inflação e preocupações sobre crescimento do déficit fiscal também pesaram no investimento”, afirma o relatório.

Segundo o Banco Mundial, “a atual recessão no Brasil deve se estender em 2016. A volta do crescimento é esperada em 2017”, com avanço do PIB de 1,4%. O órgão afirma que o “Brasil continua a lutar contra a incerteza política, já que o governo enfrenta obstáculos quanto a medidas de austeridade fiscal no Congresso. A previsão, no entanto, supõe que uma eventual reancoragem das expectativas de inflação e o estreitamento do déficit fiscal vão amenizar a necessidade por ajustes monetários e fiscais no futuro”.

Segundo o documento, a América Latina só vai recuperar o crescimento a partir de 2017. Este ano, o crescimento da região deve ser de 0,1%, devido a contrações geradas pelas crises no Brasil e na Venezuela, e pelo avanço moderado no México, na América Central e no Caribe.

O Banco Mundial reduziu as previsões para o próximo ano em toda a América Latina e na maioria dos países com relação as projeções de outubro. A entidade vê “um equilíbrio de riscos para os prognósticos regionais que se inclina fortemente para baixo”.

O organismo multilateral alerta para os perigos da volatilidade financeira, uma desaceleração de grandes parceiros comerciais, uma prolongada redução de preços de matérias-primas, além dos possíveis efeitos adversos do fenômeno climático El Niño.

Segundo o documento, a economia mundial deve se expandir 2,9% em 2016, menos do que a previsão de 3,3% em junho, mas acima dos 2,4% esperados em 2015. A América do Sul deve, por sua vez, se retrair 2,1% em 2015 e 1,1% este ano.