Depois de perder cinco cadeiras no parlamento estadual e sair da eleição completamente dividido, o PMDB do Paraná tenta “juntar os cacos” e adotar uma política de “ordem unida” na Assembleia Legislativa. Em reunião na terça-feira (14), a bancada do partido – que a partir do ano que vem cairá de 13 para oito deputados – decidiu que tentará lançar candidato próprio à presidência da Casa. Se não conseguir emplacar a pretensão, vai compor com um candidato de outra sigla. E todos terão que seguir a decisão da bancada, sem exceções, sob o risco de perder privilégios e sofrer sanções. As informações são do Bem Paraná.
O racha no PMDB paranaense vem desde as eleições de 2010, quando depois de apoiar a candidatura derrotada do ex-senador Osmar Dias (PDT), a maior parte da bancada eleita pelo partido para a Assembleia aderiu à base do governador Beto Richa (PSDB), ignorando a tese do senador Roberto Requião (PMDB), de que a legenda deveria ficar na oposição ao tucano. Em junho último, os mesmos parlamentares lutaram para levar a sigla à coligação de apoio à reeleição de Richa, mas foram derrotados na convenção, que preferiu a candidatura própria de Requião ao governo.
Com a vitória do tucano no primeiro turno, o PMDB viu sua bancada encolher no Legislativo, e assistiu a ascensão do PSC do deputado federal Ratinho Júnior se tornar o maior partido da Casa, com doze eleitos, tornando o filho do apresentador de televisão Carlos Massa, o Ratinho, o nome mais cotado para a presidência do Legislativo estadual no ano que vem. E apesar da derrota, a sigla vê novamente uma situação de divisão: dos oito peemedebistas eleitos, apenas três admitem ficar na oposição: o atual líder, Nereu Moura, Antonio Anibelli Neto, e Maurício Requião Filho – que é filho do senador.
Com os parlamentares já em plena movimentação de bastidores na disputa pelas posições de comando da Assembleia, a sigla decidiu também agir. Segundo Moura, a ordem é tentar lançar um candidato à presidência. “Caso não seja possível viabilizar, temos alternativas de composição. Inclusive com o próprio Ratinho Jr”, explicou. Além de Ratinho Jr, estão no páreo o atual líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) e o atual primeiro-secretário da Casa, Plauto Miró Guimarães.
No PMDB, os nomes mais cotados são os de Artagão Júnior e Luiz Cláudio Romanelli. “Todos se comprometeram a decidir unidos. Se houver divergência, vai ser no voto. Quem ganhar recebe o apoio de todos”, disse o líder peemedebista. “Deputado que não acompanhar a bancada vai ser excluído de tudo, das comissões, indicações”, explicou Moura.
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