por Miguel Machado
Até quem não é do meio político sabe que o prefeito Fruet é um pouco, digamos, faísca atrasada. É ligado no 110, não no 220.
Aquele deputado que se destacou atacando PT e Lula na época do mensalão já não existe mais. Foi sepultado ano passado ao fechar acordo nebuloso, vergonhoso, com aqueles a quem chamou de corruptos durante escândalo. Hoje, como prefeito de Curitiba, traços da sua insegurança, indecisão, ficam cada vez mais evidentes em sua gestão. Fruet está apagado. Murcho. Tépido. Deslocado.
Parecendo não acompanhar realidade brasileira, paranaense e principalmente curitibana, o chefe do executivo dá de ombros às manifestações da sociedade civil sobre preço das passagens de ônibus. Anda na contramão das grandes cidades. Ponta grossa, Maringá, Foz do Iguaçu entre outras, baixaram a tarifa aproveitando subsídios e isenções, de âmbito federal e estadual. Fruet não! Aqui em Curitiba , subiu o busão, O busão do povão!
Constrangido, o prefeito não aparece. Não se manifesta. Sua assessoria trabalha em dobro para tentar blindá-lo do inevitável desgaste junto à opinião pública. E ele continua lá. Quieto em se gabinete enquanto governador Beto Richa passeia no Mercado Municipal e goza de popularidade junto à população.
Beto enquanto prefeito de Curitiba, mesmo tendo governador da época jogando contra, jamais aumentou a passagem do ônibus. Sem isenção ou subsidio favorável, Beto aguentou o rojão e segurou o busão.
Fruet, não! Anda na contramão. Na contramão da manifestação. Na contramão do que quer o povão.
Aliás, Gustavo Fruet, durante campanha de sua eleição, empresas de ônibus, te fizeram doação???