Está cada vez mais difícil a relação do PT com o PMDB com vista à aliança nacional para as eleições presidenciais de 2010. A exigência da lista tríplice por parte do presidente Lula para indicação do vice de Dilma Rousseff azedou a relação. E as principais lideranças peemedebistas – Michel Temer, Orestes Quércia, Pedro Simon, Luiz Henrique – falam abertamente em candidatura própria e apontam para o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, como candidato do PMDB na disputa. As contradições entre os dois partidos não são de agora. Vem de longe e os problemas ganham amplidão nos Estados. O PMDB, por exemplo, já tem candidato próprio no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Nesses estados, o PT troca cotoveladas – é governo na Bahia – e adianta que vai compor com adversários do PMDB ou mesmo disputar as eleições.
Outro problema que provocou revolta na base peemedebista é o acerto por cima, de cúpula, em relação às eleições presidenciais. Essa decisão, segundo os governadores do PMDB, não se sustentam na convenção nacional e foi o estopim da candidatura e da mobilização – desde 21 de novembro – em torno do nome de Requião.
Desde então, Requião vem participando das convenções estaduais do PMDB – de Santa Catarina e São Paulo – e nesses encontros tem garantido apoios pela candidatura própria. Na agenda de Requião estão marcadas ainda as convenções de Goiás nesta quinta-feira (17) em Goiânia. E diversos outros encontros, a começar em janeiro no Rio Grande do Sul.
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