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Atraso encarece R$ 84 milhões obras de estádios de Manaus e Curitiba

arena baixada

Os atrasos em obras dos estádios da Copa do Mundo já viraram custos extras em duas sedes do Mundial 2014. Em Manaus e Curitiba, governos anunciaram neste mês alterações no orçamento de suas arenas devido a mudanças nos cronogramas de trabalho. Com isso, encareceram em R$ 84 milhões o custo total dos estádios do torneio, relata Vinicius Konchinski, em reportagem no Portal UOL.

O custo da Arena Amazônia foi o que mais cresceu: R$ 54,4 milhões. A construção do estádio de Manaus estava orçada em R$ 550 milhões até junho. Neste mês, o governo do Amazonas informou que a obra sairá por R$ 604 milhões.

De acordo com o coordenador da UGP Copa (Unidade Gestora da Copa) do Estado, Miguel Capobiango, a alta foi causada por alterações na forma de construção do estádio. As estruturas que sustentarão a arquibancada seriam feitas de concreto armado, mas acabaram tendo que ser construídas com peças pré-moldadas. O motivo? Atraso.

A obra da Arena Amazônia ficou parada por meses devido ao bloqueio de verbas do BNDES pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A montagem da arquibancada, que seria feita no segundo semestre do ano passado, foi adiada para este ano.

Acontece que o primeiro semestre de cada ano é período de chuvas na Amazônia. Com chuvas, não é possível construir estruturas de concreto armado. A solução foi usar as peças pré-moldadas. Isso aumentou o preço do estádio, o qual é pago com dinheiro público.

“O bloqueio das verbas criou esse impasse no cronograma”, complementou Capobiango . “Tivemos que alterar o valor para conseguir manter o prazo de entrega.”

Já em Curitiba, o aumento do preço foi de R$ 30 milhões. Até o mês passado, a reforma da Arena da Baixada para a Copa custava R$ 235 milhões. Em julho, O Atlético-PR, dono do estádio, informou o governo que ela custará R$ 265 milhões.

O aumento foi anunciado pelo presidente do clube, Mário Celso Petraglia, em entrevista à rádio oficial do Atlético. Petraglia culpou atrasos da Prefeitura de Curitiba, do Governo do Estado e do Exército para o reajuste no orçamento da obra.