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Assessor de Gleisi segue foragido. Vítimas dizem que foram ameaçadas

do Fábio Campana

O assessor da Casa Civil da Presidência da República acusado de estupro ainda não foi encontrado pela polícia. O mandado de prisão preventiva de Eduardo Gaievski (PT), que é ex-prefeito de Realeza, no Sudoeste do Paraná, e foi convidado pela ministra Gleisi Hoffmann para trabalhar em Brasília, foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná na semana passada. Ele foi afastado do cargo depois de uma reportagem da Revista Veja divulgando o caso.

De acordo com o mandado de prisão, Gaievski é procurado por estupro de vulnerável. O processo, que corre em segredo de justiça, traz 38 fatos com 23 vítimas. Com 17 meninas os crimes aconteceram mais de uma vez. Uma das garotas, identificada como A.F., que na época tinha 14 anos, falou em depoimento que Gaievski pagava até R$ 200 e oferecia emprego na prefeitura em troca de sexo.

O conteúdo foi cedido pela Band TV de Curitiba “As meninas saíam sempre, desde mais novas que eu. Depois ele começou a ameaçar, que se alguém ‘abrisse a boca’ poderia acontecer alguma coisa. Eu nunca mais saí”, diz A.F. De acordo com a vítima, quando o ex-prefeito descobriu que o processo estava sendo feito, ele ameaçou ainda mais as meninas. “Eu prometi que não ia falar nada. Ele ameaçou e falou que se a gente não saísse desse processo ia acabar acontecendo ‘alguma coisa’. Depois que arquivou o caso, ele nunca mais me procurou. Eu penso que o que aconteceu comigo pode estar acontecendo com qualquer menina agora”.

O assessor da Casa Civil foi prefeito de Realeza entre 2005 e 2012. Em Brasília, ele coordenava programas sociais, como o combate ao crack. Na reportagem da revista, ele nega as acusações e atribuiu a denúncia a uma retaliação de promotores do Estado por causa da atuação na prefeitura. Ele não foi encontrado pela rádio