A Assembleia Legislativa só vai votar a proposta de suspensão do reajuste salarial dos servidores públicos após o dia 30 de novembro. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pelo líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB).
“O que eu posso garantir, é que nós decidimos em comum acordo com a Casa Civil que não votaremos absolutamente nada até o dia 30 de novembro. Antes, vamos esperar a conclusão da votação do PLC 257 que tramita no Congresso. E faremos no dia 19 de outubro, às 14h, uma audiência pública com a presença do secretário da Fazenda, da Administração, da Procuradoria do Estado, para discutir com os sindicatos dos servidores de forma transparente a LDO e a Lei Orçamentária de 2017”, afirmou Romanelli.
Segundo o líder do governo, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa já advertiu que não há recursos para pagar as promoções e progressões em atraso e o reajuste do funcionalismo. “O estado até dezembro estará devendo aos servidores R$ 750 milhões de promoções e progressões atrasadas. O governo pretende implantar em janeiro todas as promoções e progressões e isso beneficiará 90% dos servidores públicos.O custo é de R$ 60 milhões por mês”, explicou.
Romanelli esclareceu que os R$ 750 milhões serão pagos nos dez meses subsequentes a um custo mensal de R$ 75 milhões. “Ao todo, R$ 135 milhões mensais. Este é o custo, do reajuste. Não há recurso no orçamento para pagar R$ 1.4 bilhão de promoção e progressão mais R$ 2.1 bilhões de data base. No total, seriam R$ 3.5 bilhões. O orçamento é público, é transparente. Os sindicatos têm acesso e a audiência pública será importante para debater e discutir com total transparência e responsabilidade”, disse.
O deputado acredita que o indicativo de greve aprovado pelos sindicatos de servidores públicos não trará benefícios a ninguém e é extemporâneo.“Não há sentido de se promover nenhuma greve, até porque os servidores do Paraná estão com seus salários em dia e atualizados. Há um debate aqui no parlamento, há um debate com os sindicatos dos servidores. Penso que entrar em greve não trará nenhuma receita adicional ao Estado. Muito provavelmente trará um grande incômodo para a sociedade paranaense. A mim parece que não serve a ninguém fazer greve nesse momento”, afirmou.
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