do Comunique-se
O Código Penal brasileiro prevê que portadores de doenças mentais que praticam crimes podem ficar, no máximo, três anos em regime de segurança. Assim, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, que matou o cartunista Glauco Villas Boas e o filho dele, Raoni, será solto em março deste ano. Em conversa com a agência Estado, o pai de Cadu, como é conhecido, disse que o acompanhamento psiquiátrico vai definir se a periculosidade dele acabou.
O crime aconteceu em março de 2010 em São Paulo. À época, Cadu invadiu uma igreja e matou o cartunista e seu filho, que tinham 53 e 25 anos. Segundo as informações, o assassino estava sob efeito de drogas como maconha, haxixe e uma mistura de ervas do chamado Santo Daime. Para o laudo médico, os crimes foram cometidos em momento de surto. No diagnóstico, Cadu tem esquizofrenia paranoide e é incapaz de perceber a gravidade de seus atos.
No ano passado, Cadu, que estava no Complexo Médico Penal, em Curitiba, foi transferido para uma clínica em Goiânia. A vaga dele foi custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a mudança foi noticiada pelo jornal O Globo. Na ocasião, alguns funcionários da clínica contaram em off que o jovem foi recebido sem a informação de que cumpria medida de segurança e que ele aparentava tranquilidade. Beatriz Galvão Veniss, viúva do cartunista, considerou a mudança absurda na época.
Foto: Christian Rizzi
Vergonha alheia do Comunique-se, publicou a foto do Christian Rizzi sem dar crédito…