A jornalista Cristiana Lobo, do G1/Globo News, adianta nesta quinta-feira que se Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, aceitar comandar o Ministério da Fazenda terá como primeira missão escolher um novo secretário de Tesouro Nacional. O atual ocupante da pasta, o gaúcho e petista Arno Augustin está cotado para assumir um cargo na Itaipu Binacional.
“Se aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff – o que alguns dizem que já foi feito – Trabuco terá como principal missão escolher um novo secretário do Tesouro. Isso quer dizer que Arno Augustin vai mesmo deixar Brasília – seu destino pode ser um cargo em Itaipu. Um nome cotado para a Secretaria do Tesouro é o de Joaquim Levy, que já integrou a equipe no governo Lula. Hoje, ele é também é da equipe do Bradesco”, diz Cristiana Lobo. Leia a seguir, a coluna na íntegra.
A presidente Dilma Rousseff trabalha com três nomes para a equipe econômica do segundo mandato: a manutenção de Alexandre Tombini no comando do Banco Central e Luiz Carlos Trabuco ou Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda.
Se Trabuco aceitar, Nelson Barbosa pode ser deslocado para o Ministério do Planejamento. Se Trabuco recusar, Barbosa pode ir para a Fazenda.
Em reunião com o ex-presidente Lula na residência oficial do Torto, na terça-feira, da qual participaram o ministro Aloizio Mercadante e o governador Jaques Wagner, que deverá integrar o novo governo, Dilma descartou a possibilidade de convidar Henrique Meirelles para sua equipe.
É possível que os comandantes da economia no segundo mandato sejam anunciados já nesta quinta-feira, dia que é feriado em São Paulo, sem funcionamento do mercado – ou, no máximo, na sexta-feira.
A presença de Tombini na comitiva da presidente na viagem à Austrália, para a reunião do G20, fez surgir especulações de que ele pudesse ser transferido para o Ministério da Fazenda. Sempre foi uma carta na manga da presidente, mas que ela não pretendia usar.
Tombini continuará à frente do Banco Central, tendo como principal missão perseguir o cumprimento da meta de inflação, para que ela volte para o centro da meta que é de 4,5%. Dilma gosta da idéia de ter alguém da carreira do serviço público no Banco Central, fato que ela exalta sempre que se refere a Tombini.
Entre todas as alternativas apresentadas a Dilma, o nome de Trabuco sempre foi o que mais a agradou. Ele participou de vários grupos de trabalho com o governo e muitas reuniões de empresários ou do setor financeiro com a presidente Dilma.
Para o fato de ter origem em um banco – é presidente do Bradesco –, condição que Dilma criticou muito na campanha da adversária Marina Silva, o presidente do PT Rui Falcão deu uma explicação. “Ele não é banqueiro, é bancário, funcionário. Banqueira é a Neca Setúbal (aliada de Marina) que é acionista do Itaú”.
O discurso em favor de Trabuco, portanto, está pronto entre os petistas. Trabuco foi, também, um nome apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Luiz Carlos Trabuco está nesta quarta-feira em Nova York – o que fez alguns lembrarem de caso semelhante: Fernando Henrique Cardoso também estava em Nova York quando foi avisado por Itamar Franco que seria transferido para o Ministério da Fazenda. Até hoje, Fernando Henrique diz que foi nomeado “à revelia”.
Se aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff – o que alguns dizem que já foi feito – Trabuco terá como principal missão escolher um novo secretário do Tesouro. Isso quer dizer que Arno Augustin vai mesmo deixar Brasília – seu destino pode ser um cargo em Itaipu. Um nome cotado para a Secretaria do Tesouro é o de Joaquim Levy, que já integrou a equipe no governo Lula. Hoje, ele é também é da equipe do Bradesco.
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