Nesta sexta-feira (14/4), o Jardim Botânico de Curitiba recebeu a abertura da exposição Abelhas Nativas da Mata Atlântica, da artista visual e ilustradora Birgitte Tümmler. A mostra organizada pela Fundação Cultural de Curitiba apresenta a reproduções em grande escala de 19 espécies de abelhas nativas desenhadas com caneta esferográfica.
A exposição ficará em cartaz na Galeria Quatro Estações até julho. A entrada é gratuita e a mostra pode ser vista diariamente, das 10h às 18h.
O prefeito Rafael Greca esteve na abertura e elogiou o trabalho da artista, destacando a importância das abelhas nativas para a biodiversidade do planeta, especialmente a função desses insetos na polinização das lavouras.
“Saudamos essa magnífica exposição e a artista Birgitte, que com arte espalha o amor pelas abelhas nativas. Essa mostra está aqui no Jardim Botânico porque as abelhas são as grandes responsáveis por polinizar a flora do mundo. Dizem os especialistas que sem elas não teríamos agricultura. Não sei se é exagero ou não, mas é melhor não arriscar perdê-las, então vamos valorizá-las”, destacou Greca.
Birgitte Tümmler, dinamarquesa radicada no Brasil desde a infância, sempre teve uma relação estreita com a natureza. Essa conexão fez com que sua habilidade artística também se voltasse para temas da fauna e flora, buscando sensibilizar e promover a conscientização ambiental.
A artista já realizou diversas mostras nacionais e internacionais, incluindo a primeira exposição sobre abelhas nativas brasileiras em 2019, como membro do grupo Abun – Artistas & Biologists Unite for Nature (Artistas e biólogos se unem pela natureza), uma organização que reúne artistas do mundo inteiro que doam suas ilustrações para projetos voltados à proteção de espécies ameaçadas.
“É na ética visual que conquistamos as pessoas, por isso associar a natureza com a arte pode trazer grandes resultados para a sociedade”, destacou a artista na abertura da exposição.
Cada uma das 19 obras foi cuidadosamente pintada com caneta esferográfica. Birgitte conta que cada trabalho levou de 3 dias a uma semana para ficar pronto e que usou cerca de 14 canetas de cores diferentes. A técnica peculiar de ilustração, aliada à sua habilidade artística, permitiu que ela criasse imagens detalhadas e realistas desses insetos.
O melicultor Benedito Antonio Uczai, de Mandirituba, na Região Metropolitana, compareceu na abertura da exposição e explicou que o nome da cidade é um vocábulo indígena que significa lugar onde há muitas abelhas. “É uma referência à espécie de abelha Mandurí, que produz um mel de altíssima qualidade. Cada colmeia dessa espécie tem apenas 300 indivíduos, que durante um ano produzem cerca de 400 gramas de mel apenas”, explicou Uczai.
A chef e proprietária do restaurante Quintana em Curitiba, Gabriela Carvalho, compareceu ao evento e elogiou o trabalho do prefeito Rafael Greca com os Jardins de Mel, caixas de abelhas sem ferrão espalhadas pela cidade para polinização. Há anos, Gabriela desenvolve projetos com abelhas nativas na gastronomia do Quintana.
Fonte: Prefeitura de Curitiba / Foto Daniel Castellano / SMCS
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