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Aprovado projeto que insere nome de líderes indígenas no Livro dos Heróis da Pátria

Aprovado projeto que insere nome de líderes indígenas no Livro dos Heróis da Pátria

Líderes indígenas estão mais próximos de serem reconhecidos como heróis nacionais e terem seus nomes inscritos no Livro dos Heróis da Pátria. Na tarde desta quarta-feira (11), os parlamentares da Comissão de Cultura aprovaram parecer do deputado Stepan Nercessian (PPS/RJ) que aprova, com emendas, o PL 3.716/2012, que inscreve os nomes dos chefes Tupiniquim Tibiriçá, Temiminó Araribóia e Potiguar Poti no Livro de Aço.

A emenda do deputado Stepan retira o nome do chefe Potiguar Poti, pois o líder indígena já é um dos homenageados no livro, com seu nome cristão: Antônio Filipe Camarão.

Livro dos Heróis da Pátria, guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília traz os nomes de personalidades que se destacaram na defesa do País e para que seus nomes sejam inscritos nas páginas de aço é preciso passar por aprovação de deputados e senadores.

De acordo com o deputado Stepan Nercessian, a homenagem aos líderes indígenas é uma forma de reescrever a história do País, resgatando entre seus símbolos personalidades que “lutaram pela sobrevivência de seu povo e, nessa luta, contribuíram inquestionavelmente para a construção da nação brasileira”.

“Os homenageados são líderes indígenas que, no conturbado período do início da colonização, nos séculos XVI e XVII, colaboraram com os portugueses na defesa do território nacional. O Chefe Tupiniquim Tibiriçá – cujo nome significa “vigilante da terra” – foi um dos responsáveis pela fundação da Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, embrião da atual cidade de São Paulo. Já o Chefe Temiminó Araribóia, é considerado o fundador da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro e enfrentou grandes batalhas. Potiguar Poti também contribuiu para expulsão de invasores da costa brasileira, mas seu reconhecimento já ocorreu em 2012, na Lei nº 12.701”, descreveu o parlamentar em seu relatório.

Aprovada na Comissão de Cultura, a matéria segue agora para apreciação na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara.