O projeto de lei que cria o Programa Estadual de Incentivo à Utilização da Musicoterapia como Tratamento Terapêutico Complementar de Pessoas com Deficiência, Síndromes e TEA (Transtorno do Espectro Autista) foi aprovada pela Assembleia Legislativa nesta terça-feira (15). A proposta é do deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB).
Romanelli explica que há evidências clínicas de que a terapia com música é eficiente no tratamento de várias patologias que afetam o funcionamento do cérebro, nos casos de acidente vascular (AVC), para idosos que sofrem com mal Alzheimer, entre outros distúrbios neurológicos.
Na justificativa da proposta, Romanelli afirma que a música amplia o potencial de interação das pessoas que precisam melhorar a função cerebral. O texto do projeto demonstra que a musicoterapia vem provando, por meio de resultados efetivos, ser um importante procedimento terapêutico.
“Mesmo em casos de acidentes vasculares, traumas ou perdas variadas da capacidade mental, o paciente é beneficiado pela musicoterapia”, sustenta o deputado Luiz Claudio Romanelli. “O tratamento musicoterapêutico não trabalha com as limitações da pessoa, mas sempre com a capacidade de cada um”.
QUALIDADE DE VIDA – Segundo o projeto de lei, o tratamento complementar poderá ser realizado nas dependências das instituições ou em outro espaço, sob a responsabilidade do profissional devidamente habilitado, em sessões que poderão ser individuais ou em grupo.
As sessões serão realizadas exclusivamente por musicoterapeutas graduados ou especialistas, registrados em associações representativas da classe. O projeto de Romanelli acrescenta que o tratamento poderá passar por avaliações qualitativas periódicas, a fim de se aferir o desenvolvimento do paciente.
No caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a musicoterapia facilita a comunicação verbal e não verbal, o contato visual e tátil, o foco e a atenção, a criatividade, o desenvolvimento social e as relações inter e intrapessoal.
Os benefícios podem ser observados já nas primeiras sessões e ser mantidos por toda a vida, de acordo com a individualidade de cada caso. “Há um enorme ganho e uma melhoria da qualidade de vida do autista e da família”, frisa Romanelli.
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