Não é de hoje que o PT terceirizou seus protestos. Cartazes são carregados por pessoas que recebem salário, alimentação e até os protestos são engrossados por profissionais. Os sem-terra vão de carro até acampamentos cenográficos e, ao final do dia, voltam para suas casas na periferia das cidades, deixando no acampamento apenas alguns figurantes. Ainda assim, a APP, que comanda a greve dos professores do Paraná, inovou.
O sindicato importou de Roraima um “professor” militante petista que se acorrentou na frente da Assembleia hoje (25) às 9 horas e de onde promete não sair até que o governo dê o aumento de 8,17%, nada mais nada menos, e não desconte um único dia dos professores que estão há quase dois meses sem pisar numa sala de aula. O nome desse novo herói da APP é pitoresco: Pierre Pinto (patronímico influenciado, talvez, pela proximidade de Roraima com a Guiana Francesa).
Ele alega já ter produzido importantes resultados políticos com suas greves de fome no Norte.
Uma delas teria baixado em 900% o salário dos vereadores de Boa Vista (de R$ 90 mil mensais para R$ 10 mil), diante desse precedente, acredita que, mesmo enfrentando os rigores do tempo curitibano (ontem choveu, fez sol, frio, calor) atingir seus objetivos vai ser mole. Pierre, que portava ontem um grande guarda-chuva, revela que tem um irmão que também é professor em Cândido Rondon, no Paraná. Como suas dietas em Roraima estavam lhe rendendo grande e perigosa animosidade, pistoleiros locais teriam passado a assediá-lo, com intenções homicidas, ele resolveu visitar o irmão no Paraná. Chegou no dia 28. No dia 29 ocorreu o choque dos professores com a PM. Ele não pode se conter e rumou para Curitiba onde, 26 dias depois, se acorrentou e passou a fazer greve de fome até que todas as reivindicações dos mestres sejam atendidas.
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