O apoio da APP-Sindicato ao ato em defesa ao governo Dilma/Lula, marcado para esta sexta (18) em Curitiba, revoltou professores que não apoiam o PT e nem a iniciativa. Em um post da APP no facebook, professores questionam o apoio que não passou por assembleia da categoria e também a utilização de recursos dos trabalhadores da educação para o financiamento de atividades de cunho partidário.
“Não vi isso sendo aprovado em assembleia, é aparelhamento do sindicato. O nosso dinheiro sendo desviado para interesses partidários. Eu não contribui para que meu dinheiro seja gasto com isso”, disse o professor Rodrigo Tomazine, de Sarandi.
Tomazine é ligado à oposição da APP e ao PSTU, o que mostra que a atividade pró-PT da direção da APP não é apoiada nem por parte da esquerda. “Sou a favor da democracia, mas não da corrupção. Será que os professores estão apoiando a APP nisso?”, comentou José da Mata, professor do município de Tibagi.
Alguns dos filiados ao sindicato questionaram a tese de que haveria um golpe em curso e criticaram a corrupção no governo federal. “Punição para bandido agora é golpe?”, disse Nadia Milaini, professora de Paranavaí. “Mas o golpe foi instalado hoje no Planalto com a nomeação de um ministro ladrão”, completou Helena Hupfer.
Já outros professores disseram que pretendem se desfiliar do sindicato. “Temos que desfiliar em massa para ver se aprendem a nos respeitar” e “Acho que vou desfilar, não concordo com esse tipo de atuação do sindicato da categoria”, disseram as professoras Luciana Bordignon e Ana Vilella, ambas de Curitiba.
ACORDA PROFESSORADO , SE VCS AINDA NÃO ACREDITAM, É SÓ OLHAR ÁS PRESTAÇÕES DE CONTAS NO TRE DOS DIRIGENTES DA APP QUE FORAM CANDIDATOS. VEJAM QUEM RECEBEU DOAÇÕES DE CAMPANHA DE EMPRESAS ENVOLVIDAS COM A LAVA JATO!!!
eu tenho um comércio nunca paguei sindicato…nunca precisei graças ao meu bom deus…
Gostaria de informações da reunião onde ficou decidido o apoio a Bandeira partidaria ou a pessoas envolvida no meio politico. E sim nossa força é pra representação da categoria dos professores e funcionarios da educação publica do paraná. Grato pela atençao desde ja agradeço…
Sou professor da rede e sindicalizado, e concordo com o Tomazini. Nosso sindicato deveria ser apolítico, e não a nenhum partido político, independente de qual seja. Sua função é lutar pelos direitos dos trabalhadores em educação do estado do Paraná, e não “fazer” política.
Quando os trabalhadores perceberem que sindicato é reduto de malandro não muito chegado ao trabalho, certamente deixarão de permitir que outras cabeças pensem por eles. Fui professora durante 40 anos e jamais me filiei a nenhum sindicato, porque sempre acreditei que ninguém melhor do que eu para lutar por mim mesma. Acho que acertei, porque passados 40 anos, o professor continua recebendo o mesmo desrespeito da sociedade, situação agravada pelas circunstâncias em que se vê obrigado a enfrentar também o desrespeito por parte dos alunos, agora com muito mais ousadia. E, o que é pior, esses pelegos usam o professor como massa de manobra para seus conchavos partidários, como já se pôde comprovar inúmeras vezes. Democracia é, sobretudo, permitir-se pensar e agir com a própria cabeça. Delegar essa competência a outros é negar-se a maravilhosa sensação que se tem, quando se chega ao fim da linha dizendo EU consegui.