Mal sabendo do resultado negativo das urnas o ex-presidenciável tucano José Serra veio à boca do palco para enunciar o que deverá ser sua principal batalha nos próximos anos: ser pela terceira vez o escolhido do ninho para a presidência.
Vejam o que disse Serra no domingo (31 de outubro), pouco depois de encerradas as apurações que deram a vitória a petista Dilma Rousseff:
“Minha mensagem de despedida nesse momento não é um adeus, mas um até logo. A luta continua”, disse Serra.
A declaração de Serra, insinuando interesse em 2014, criou animosidade com o grupo do senador eleito de Minas Gerais Aécio Neves, que já contava como certa a indicação daqui quatro anos.
Aliás, Aécio, que não mereceu uma citação sequer na despedida de Serra, já deixou claro a interlocutores próximos que quer liderar a oposição à presidenta Dilma Rousseff nos próximos quatro anos.
Quer os holofotes que naturalmente o cargo reserva.
É bom lembrar que no momento mais sangrento da disputa entre Serra e Aécio pela indicação para disputar com Dilma este ano, teve origem em 2009 no ninho tucano o famoso dossiê com sigilos fiscais de lideranças do PSDB.
Aliás, durante boa parte da campanha Serra tentou jogar o bônus pela quebra dos sigilos fiscais no colo de Dilma e sua campana.
Como se sabe, o tiro saiu pela culatra quando a verdade veio a tona – o dossiê serviria de defesa de Aécio contra as armações de Serra pela indicação do PSDB.
Isso é política!
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