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Apoio à agropecuária avança mais com Lula, aponta Zeca Dirceu

O deputado federal Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara dos Deputados, disse nesta quarta-feira, 24, que a falta de informação pode induzir a uma avaliação equivocada sobre os investimentos e apoio à agropecuária entre os governos Lula (2003-2010) e Bolsonaro (2018-2021). “O agro avançou muito mais no governo do presidente Lula, os números não mentem. O PIB, por exemplo, teve picos positivos de 8,3% (2003) e 6,7% (2010), enquanto em três anos (2019 a 2021) se arrastou e chegou a -0,2%”, exemplificou;

Ainda sobre o PIB do setor, o deputado observou que entre 2003 e 2005, a taxa acumulada foi de 11,7%. Levando em conta as taxas médias anuais, o produto interno bruto foi 3,4% ao ano entre 2003 e 2010 e de ,13% entre 2019 e 2021. “Se constata as falácias que grassam principalmente nas redes. O agro é um setor muito importante da economia e se desenvolveu também com apoio, incentivos, subsídios e linhas de crédito dispostas pelo governo. No período de Lula, os números mostram um avanço bem maior”.

Zeca Dirceu ainda pergunta: quem mais subsidiou a agricultura, Lula ou Bolsonaro? Os números da OCDE são reveladores. Durante o período Lula, as subvenções à agricultura foram, em média, de US$ 10 bilhões ao ano (4% dos países da OCDE). Com Bolsonaro, as subvenções caíram para US$ 6.3 bilhões por ano, em média, o que equivaleu a uma queda de 37%. Em comparação com o valor médio das subvenções pelos países da OCDE, a queda foi de 50% quando confrontado com o governo do PT.

Proex e subsídios
No apoio às exportações através do Proex, a média entre 2003 e 2010 foi de R$ 1,8 bilhão ao ano, com a queda de 77% entre 2019-2021 com apenas R$ 425,5 milhões/ano. O Proex é mais um programa de financiamento direto dos pequenos e médios exportadores brasileiros, com pagamento em parcelas semestrais, aumentando a competitividade brasileira no exterior.

O número de contratos de financiamento pelo crédito rural aos agricultura também é maior sob Lula. A média foi de 2,7 milhões ao ano e sob Bolsonaro, a queda foi de 29,6% passando a média de 1,9 milhão/ano. Aos agricultures familiares, a média comparada entre os dois períodos, caiu 21,6%: 1,8 milhão de contratos (Lula) e 1,4 millhão (Bolsonaro). “Os números do Proex e do crédito rural são oficiais, são do Banco Central”, pondera Zeca Dirceu.

Estoques de alimentos
Os estoques públicos de alimentos básicos também foram maiores no governo Lula: arroz (884 mil toneladas contra 16 mil toneladas entre os períodos), feijão (31,4 mil toneladas – 0), farinha de mandioca (8 mil toneladas – 18 toneladas) e trigo (507 mil toneladas contra 1,5 mil toneladas). “Praticamente não tivemos estoque de alimentos entre 2019 e 2021, o que também se explica a falta de uma política de combate a fome”.

No período de 2029 a 2021, também houve uma queda sensível na produção per capita de alimentos centrais – mandioca, arroz e feijão – o opostos aos produtos – soja e milho – com forte destinação ao mercado externo. A variação foi negativa nos alimentos básicos (-36,5%, -17,6 e -17,2%) e positiva no caso da soja (100%) e milho (79,4%).

As subvenções aos estoques reguladores caíram 75,3% entre os períodos: R$ 545,1 milhões (Lula) e R$ 134,6 milhões (Bolsonaro). No PAA/Alimenta Brasil, a queda foi mais acentuada ainda: 91,5%, Entre 2003 e 2010, a média R$ 844,1 milhões/ano, e entre 2019 e 2021, R$ 71,2 milhões/ano. “O governo Lula atuou nas duas pontas. Tanto o apoio ao agro como à agricultura familiar, os números e valores são maiores do que período Bolsonaro”, completa o deputado.