Indústria paranaense
investe na formação de
mão de obra para não
perder competitividade
O tema mão de obra qualificada é recorrente no Brasil. A falta de profissionais capacitados no País atingiu a marca de 81% em 2022. As empresas têm mais dificuldades para preencher vagas, desde as mais simples até as que exigem maior preparo e formação profissional. O Brasil precisa formar mais de 77 mil técnicos industriais em 2023. Com a abertura de quase 80 mil vagas, serão ao todo 2,2 milhões de postos de trabalho de base industrial e nível técnico.
Pedro Ribeiro
O grande desafio hoje do Paraná no setor industrial não é gerar empregos em números, mas avançar na qualidade desses empregos com qualificação e escolaridade. Enquanto as grandes empresas, como as do setor automotivo e outras de médio e grande porte, instaladas nos grandes centros têm maior representatividade na formação do PIB, são as pequenas e médias empresas que, em seu universo de pulverização – presentes em todos os municípios do Estado – com competência e empreendedorismo, geram mais empregos e assumem o protagonismo de maior importância social.
Dados da Junta Comercial do Estado do Paraná com data de 10 de fevereiro de 2023 mostram que existem hoje 160.659 empresas industriais com registro ativo nos 399 municípios do Estado. São 8.365 empresas de pequeno porte, 145.008 empresas de médio porte e outras que somam 7.286. Essas empresas giram a economia e contribuíram para que o Paraná passasse para o quarto maior PIB entre os estados brasileiros. No quarto trimestre de 2022 o Estado contabilizou R$ 626,176 bilhões, segundo a Secretaria de Estado das Finanças.
No geral, independentemente se são ou não do setor industrial, o setor de micro, pequenas e médias empresas é responsável por 99% dos empreendimentos nacionais e comemorou a marca de 72% dos empregos gerados no país no primeiro semestre de 2022, chegando a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 99% dos empreendimentos brasileiros, ou seja, 18,5 milhões de pequenos negócios. “Não é exagero afirmar que as micro e pequenas empresas voltaram a ser a locomotiva que puxa a economia brasileira”, comemora o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Investir na capacitação para não perder competitividade
Júlio Suzuki, Administrador de Empresas e Diretor do Centro de Pesquisas do Ipardes, órgão do Governo do Estado, observa que o Paraná tem que investir mais na formação e capacitação de mão de obra para não perder competitividade, justamente agora quando assumiu a quarta posição no ranking econômico dos estados da federação, passando Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A melhoria do emprego em termos qualitativos passa necessariamente pelo crescimento dos serviços e das atividades industriais mais intensivos em tecnologia, que demandam profissionais qualificados”, disse.
As micros, pequenas e médias também estão na ponta do lápis quando se desenha a soma geral do PIB. “Ser pequeno, não significa que é um caminho para o insucesso”, pontua Suzuki.
Para o analista de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, o desafio do setor industrial paranaense, que gerou 15 mil postos de trabalho em 2022, é capacitação e treinamento da mão de obra para atender às necessidades da produção industrial.
Felippe informa que no ano passado a indústria gerou mais de 15 mil postos de trabalho e poderia ter gerado mais se as empresas não tivessem dificuldades em contratar mão de obra, tanto em qualidade como em quantidade. “Hoje, a região metropolitana de Curitiba tem 30% de vagas nas indústrias que não foram preenchidas. O setor industrial precisa de pessoas “com qualificações” adequadas para suprir essa carência. Isto também acontece no interior do Estado”, disse.
30% das vagas na indústria na RMC não foram preenchidas
Felippe informa que embora no ano passado a indústria tenha gerado mais de 15 mil postos de trabalho poderia ter gerado mais se as empresas não tivessem dificuldades em contratar mão de obra, tanto em qualidade como em quantidade. “Hoje, a região metropolitana de Curitiba tem 30% de vagas nas indústrias que não foram preenchidas. O setor industrial precisa de pessoas adequadas para suprir essa carência. Isto também acontece no interior do Estado”, disse.
Segundo dados da Fiep, a indústria encerrou o ano de 2022 com 15.271 novas vagas de trabalhos abertas no Estado. Foi a terceira atividade econômica que mais abriu oportunidades, superada pelo setor de serviços ( 77 mil) e de comércio (21 mil). Mesmo com alta na oferta, o saldo de empregos (admissões menos os desligamentos) caiu 65% em relação ao período anterior, quando chegou a 44.430 novos contratados. Hoje, são 717 mil pessoas em atividades contra 701 mil em 2021.
Relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que de janeiro a novembro de 2022, a produção industrial paranaense caiu 3,8%. Estes resultados, explica Felippe, impactam diretamente no mercado de trabalho. Enquanto as admissões na indústria ficaram estáveis, as demissões no setor cresceram 10% no período, disse.
Informações da Fiep mostram ainda que dos 24 segmentos da indústria de transformação avaliados pelo Novo Caged, seis tiveram redução nas contratações no ano passado no Paraná. Madeira foi a que teve maior impacto, com o fechamento de 2.820 postos de trabalho. Na sequência vem móveis (-1.743), minerais não metálicos (-112), produtos têxteis (-125) e, igualmente, fumo e outros equipamentos de transporte (-42).
Setor alimentício lidera ranking de admissões
Já o setor alimentício liderou o ranking de admissões com saldo de 6.394, totalizando 209,6 mil trabalhadores atuando no mercado paranaense (estoque). Um crescimento de 3,15% frente ao resultado obtido em 2021. Máquinas e equipamentos vêm na sequência, com 1.899 novas vagas. Depois seguem manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (1.471), fabricação de produtos de metal (1.450), produtos químicos (1.361), automotivo (1.352) e celulose e papel (1.264).
A indústria continua tendo preferência por um perfil mais jovem e qualificado. O gênero masculino também é dominante. Mas, embora eles representem 65% das admissões totais e elas 35%, a diferença entre eles cai quando se avalia quem se manteve no emprego ao longo do ano. Do saldo de 15.271 trabalhadores em atividade na indústria paranaense (resultado de admissões menos os desligamentos), 53% são homens e 47% são mulheres. A preferência por jovens com maior qualificação também chama a atenção. Noventa e três por cento do saldo atual estão na faixa etária entre 18 e 24 anos e 86% já completaram o Ensino Médio.
Com participação entre 30% a 33 % do PIB paranaense, o Estado possui 33.161 estabelecimentos industriais. A Junta Comercial do Estado contabiliza 160.659 indústrias, entre micro, pequenas, médias e outras de maior porte.
Senai, o parceiro para atender demanda do chão de fábrica
O Paraná avança na formação de mão de obra através de programas e cursos ofertados pelo Sistema “S”, principalmente pela parceria com o Serviço Nacional da Indústria (Senai). Segundo Felippe, mesmo assim não consegue atender a demanda do chão de fábrica.
Em 2022, mais de 200 mil matrículas foram contabilizadas no Senai. As pessoas, contratadas como aprendizes nas empresas parceiras do Senai, atuam e estudam de acordo com a regulamentação do Governo. Jovens, de 14 a 24 anos incompletos, conforme a Lei Federal 10.097/2000, de baixa renda são o público do projeto, que é gratuito. Eles ganham um salário, como uma ajuda de custo da empresa, com base nas leis da aprendizagem. Existem oportunidades nas áreas de Qualidade, Manutenção, Operação e Administrativas em todo o Estado do Paraná.
Mundo Senai pode reverter o apagão de mão de obra
Para que os jovens possam participar dos programas e cursos realizados pelo Senai, visando descobrir uma profissão ou mesmo aperfeiçoar seus trabalhos, em novembro do ano passado, o “Mundo Senai” promoveu um evento gratuito voltado a estudantes e empresários interessados em conhecer as profissões do setor industrial. O Senai abriu seus laboratórios e instalações para que os jovens pudessem conhecer as opções de carreiras a partir de uma formação de nível técnico.
O tema foi “O Senai desenvolvendo talentos para o mundo do trabalho”, e a feira deste ano teve como objetivo apresentar aos jovens e à população a infraestrutura do Senai e o universo das profissões, promovendo a formação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais.
“Por meio de uma programação diversificada, com palestras, minicursos e visitas aos laboratórios, o Mundo Senai se apresenta como oportunidade para que todos os interessados possam conhecer mais sobre as carreiras industriais e os caminhos que o Senai oferece para a melhor formação profissional”, afirma Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro, Gerente de Educação e Negócios no Sistema Fiep.
Desde 2009, mais de três milhões de pessoas já visitaram as unidades operacionais participantes em todo o Brasil para conhecer o universo do Senai e as indústrias da região. No Paraná, nos últimos cinco anos, foram registrados mais de 100 mil participantes.
As 36 unidades no Paraná participantes organizaram palestras, exposições, visitas guiadas, workshops, cursos rápidos e oficinas envolvendo assuntos relacionados ao mercado de trabalho no setor industrial.
Brasil precisa formar mais de 77 mil técnicos industriais em 2023
Com a abertura de quase 80 mil vagas, serão ao todo 2,2 milhões de postos de trabalho de base industrial e nível técnico. Logística e Metalmecânica são algumas das áreas com maior demanda
Segundo o Senai, há expectativa de crescimento do emprego industrial neste ano e profissionais de nível técnico estão entre os que vão ter maior aumento na demanda por formação. As vagas nesse nível de formação vão chegar, ao todo, a 2,2 milhões de postos de trabalho, o que representa cerca de 18,4% do total do emprego industrial no país. A análise foi feita pelo Observatório Nacional da Indústria, hub de dados do Sistema Indústria, com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025.
Em relação ao número de vagas e áreas/cursos para Curitiba e região metropolitana, o Senai informa que são mais de 1.900 vagas para cursos técnicos em diferentes áreas como: Edificações, Vestuário, Modelagem do Vestuário, Desenvolvimento de Sistemas, Mecatrônica, Biotecnologia, Química, Mecânica, Eletromecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Segurança do Trabalho, Logística, Administração, Alimentos, Qualidade, Manutenção Automotiva e Automação Industrial.
O Senai está presente em todo o Paraná e, ao todo, incluindo Ctba e RMC, são 42 unidades de Senai pelo estado.
O presidente do Centro de Integração Empesa Escola (CIEE), Antoninho Caron, disse que, hoje, existem 6 mil menores aprendizes e a meta é chegar a 10 mil em 2023. “Também pretendemos chegar a 35 mil estagiários”.
Em 2022 foram 200 mil matrículas
Para Juliana Maia, coordenadora de Educação e Negócios no Sistema Fiep, para a Educação Profissional, a expectativa é de superar em 2023 as 200 mil matrículas nas três modalidades – aperfeiçoamento, qualificação profissional e curso técnico – alcançados em 2022. “Nossa previsão é para 150 mil matrículas”, disse.
Juliana lamenta o apagão da mão de obra no país, segundo estudo do Mapa do Trabalho Indústria e explica que o papel do Senai é antecipar quais as necessidades da indústria no futuro. “Para atender à demanda o Senai propõe uma profissão às pessoas com curso de aperfeiçoamento – quatro horas – qualificação profissional – 40 dias úteis – e técnico – de um a dois anos.
Ela explica que 97% das empresas industriais preferem contratar alunos do Senai por terem passado por uma metodologia semelhante ao ambiente industrial – chão da fábrica – principalmente no setor automotivo.
Alexandre Raphael, 15, deixou o Colégio Marista para ingressar no Sesi Internacional. “Ainda não fiz nenhum curso profissionalizante ou mesmo para ver minha vocação profissional para o futuro, mas estou bem feliz no Sesi Internacional, onde temos mais liberdade e noções de empreendedorismo. Eu faço bolinhos doces e venho no intervalo e nunca proibiram, o que considero isso como um incentivo ao empreendedorismo”, disse o jovem.
Para que os jovens possam participar dos programas e cursos realizados pelo Senai, visando descobrir uma profissão ou mesmo aperfeiçoar seus trabalhos, em novembro do ano passado, o “Mundo Senai” promoveu um evento gratuito voltado a estudantes e empresários interessados em conhecer as profissões do setor industrial. O Senai abriu seus laboratórios e instalações para que os jovens pudessem conhecer as opções de carreiras a partir de uma formação de nível técnico.
A falta de mão de obra qualificada gera vários problemas às indústrias, prejudicando as empresas e a economia em geral. O principal deles é o comprometimento da produção que desaba na capacidade de investimentos , crescimento e competitividade.
Com participação de 4% no PIB paranaense, a Construção Civil, depois de registrar queda de 28% em suas atividades no período 2014 a 2020, recuperou parte de suas atividades e cresceu 17,7% no biênio 2021-2022. Esse é o maior crescimento do setor, desde 2010-2011 (22,4%). Há dois anos consecutivos a Construção Civil cresce em patamar superior a economia nacional. Enquanto no biênio 2021-2022 a Construção Civil cresceu 17,7% a economia brasileira apresentou expansão de 8,2%. A revisão dos dados do PIB (pelo IBGE) revelou que em 2021 a expansão da Construção foi de 10% e a CBIC projeta, para 2022, alta de 7%.
Estoque de trabalhadores formais, com carteira assinada, segundo Caged: Brasil 2,5 milhões (retoma o patamar de 2015)
Paraná: 162 mil e Curitiba, 52 mil trabalhadores. Os multiplicadores do emprego mostram que o investimento de R$ 1 milhão na construção gera 18,31 postos de trabalho, considerando os impactos diretos, indiretos e induzidos (o efeito renda na mão de obra que gera consumo que gera empregos).
Desenvolvendo talentos para o mundo do trabalho
O tema foi “O Senai desenvolvendo talentos para o mundo do trabalho”, e a feira deste ano teve como objetivo apresentar aos jovens e à população a infraestrutura do Senai e o universo das profissões, promovendo a formação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais.
“Por meio de uma programação diversificada, com palestras, minicursos e visitas aos laboratórios, o Mundo Senai se apresenta como oportunidade para que todos os interessados possam conhecer mais sobre as carreiras industriais e os caminhos que o Senai oferece para a melhor formação profissional”, afirma Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro, Gerente de Educação e Negócios no Sistema Fiep.
Desde 2009, mais de três milhões de pessoas já visitaram as unidades operacionais participantes em todo o Brasil para conhecer o universo do Senai e as indústrias da região. No Paraná, nos últimos cinco anos, foram registrados mais de 100 mil participantes.
As 36 unidades no Paraná participantes organizaram palestras, exposições, visitas guiadas, workshops, cursos rápidos e oficinas envolvendo assuntos relacionados ao mercado de trabalho no setor industrial.
Brasil precisa formar mais de 77 mil técnicos industriais em 2023
Com a abertura de quase 80 mil vagas, serão ao todo 2,2 milhões de postos de trabalho de base industrial e nível técnico. Logística e Metalmecânica são algumas das áreas com maior demanda
Segundo o Senai, há expectativa de crescimento do emprego industrial neste ano e profissionais de nível técnico estão entre os que vão ter maior aumento na demanda por formação. As vagas nesse nível de formação vão chegar, ao todo, a 2,2 milhões de postos de trabalho, o que representa cerca de 18,4% do total do emprego industrial no país. A análise foi feita pelo Observatório Nacional da Indústria, hub de dados do Sistema Indústria, com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025.
Elas e eles também existem, embora não apareçam
No pé da Serra do Mar, numa encosta de morro e às margens do Rio Nhundiaquara, em Morretes, o pequeno produtor agrícola, Cicero dos Santos, é uma minúscula peça na engrenagem que move a indústria e o PIB paranaense.
Poucos o conhecem, nunca participou de reuniões na Federação das Indústrias do Estado do Paraná, mas é um contribuinte desse sistema que acaba de colocar o Paraná em quarto lugar no ranking econômico nacional.
Cícero é um dos maiores produtores de açafrão (cúrcuma) do Sul do País. Grande parte de sua produção – 60 toneladas/ano ele envia para a França e uma pequena parte ele industrializa e comercializa principalmente junto ao mercado de medicamentos. Cícero é, portanto, um industrial.
Em um canto mágico da Ilha do Mel, o também pequeno empresário, Luiz Guilherme Tissot, possui uma micro- cervejaria e encanta os turistas que se hospedam na Pousada Astral da Ilha, com cervejas artesanais do mesmo nome. Tissot ajuda a mover a engrenagem da indústria que gera renda, emprego e PIB.
Na pequena Japurá, no Noroeste do Estado, o funcionário da Prefeitura, José Antonio, fez um curso no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – vinculado ao Sistema Federação das Indústrias do Estado (Fiep) e começou a industrializar os produtos de sua pequena horta no quintal da casa.
Conservas de pimenta, pepino, chuchu, abobrinha, beringela e outros produtos, já estão nas gôndolas dos supermercados, açougues e mercearias da região. José Antonio engordou seu orçamento mensal em mais R$ 8 mil por mês. Ele também é um desses micros-industrial.
Ronaldo e Raquel, da Estrada do Rodeio, em Cianorte, também fizeram cursos no Senar e, da porteira da fazenda para dentro, montaram a Arteijo – Queijos Artesanais. São queijos campeiros curado, muçarela, queijo frescal, queijos temperados, queijo coalho, ricota branca ou temperada. Ronaldo e Raquel são, micros-industriais e contribuem para mover a indústria e movimentar o PIB paranaense.
Estes são apenas alguns pequenos exemplos de micro e pequenos empresários entre os milhares que existem em praticamente todos os 399 municípios paranaenses. Não são anônimos e devem fazer parte de alguma associação, cooperativa ou mesmo entidade de classe, mas são grãos de areias se formos comparar com as grandes indústrias paranaenses, entre elas, as automotivas, do turismo, da construção civil.
Os pequenos, muitos deles desconhecidos, também fazem parte da soma do PIB paranaense que somou mais de R$ 626 bilhões no acumulado do ano passado.
A engrenagem da indústria que move a economia
As pequenas empresas, como do Cicero, do Tissot, do José Antonio, do Ronaldo e da Raquel, “são o lubrificante das engrenagens da economia e das grandes empresas – indústrias. Sem elas, as grandes empresas não sobrevivem, a economia não sobrevive”, observa o administrador de empresas e presidente do Centro de Integração Empesa Escola (CIEE), Antoninho Caron.
Caron explica que a “sociedade sobrevive hoje num processo de interdependência, cooperação e aliança”. Ele quer dizer que há um processo de interdependência complementar produtiva onde as micro, pequenas e médias empresas apoiam as grandes empresas que precisam dessa capilaridade. É uma espécie de colmeia de colaboradores que geram suas próprias eficiências e produtividade.
No entendimento de Caron, a globalização deixa de ser um processo macroeconômico governamental para ser um processo microeconômico de complementação produtiva de busca de eficiência, de melhorias de produtividade e de intensidade de inovação.
Fonte: Paraná Portal / Foto/Gelson Bampi/Fiep
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