O PMDB oficializou, nesta terça-feira (29), o desembarque da sigla do governo Dilma Rousseff. A decisão foi tomada por aclamação, em reunião que durou menos de três minutos, e foi liderada pelo vice-presidente do partido, Romero Jucá (RR). As informações de Débora Álvares, Daniela LIma e Gustavo Uribe na Folha de S. Paulo.
A moção aprovada determina a entrega de todos os cargos ocupados por membros do PMDB no Executivo, além da instauração de processo no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer no cargo.
Os parlamentares presentes à reunião entoaram gritos de “Fora PT” e “Brasil, para frente, Temer presidente”.
A tomada de posição foi articulada pelo grupo do vice-presidente Michel Temer.
Com a decisão sacramentada, ministros peemedebistas já se preparam para deixar a Esplanada dos Ministérios.
A decisão foi tomada após reunião realizada entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o “último bastião” do governismo no PMDB.
Temer não estava presente na reunião que oficializou o desembarque. Os ministros peemedebistas também não compareceram.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sentou-se ao lado de Romero Jucá. Na segunda-feira (28), Cunha havia saudado a saída do partido do governo, dizendo que a partir de agora a sigla seria “independente”.
Apesar dos apelos da presidente Dilma e de seu antecessor, Lula, o Planalto não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB, agravada nos últimos dias com a exposição das posições anti-Dilma dos maiores diretórios estaduais da sigla, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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