Uma tentativa de assalto a um ônibus com “sacoleiros” vindos do interior paulista ocasionou um acidente com ao menos 10 mortes e 20 feridos na BR 369, entre as cidades de Campo Mourão (512 km de Curitiba) e Mamborê (476 km), no interior do Paraná.
O ônibus com 31 passageiros bateu em eucaliptos à beira da rodovia, após ser alvejado por tiros, por volta de 2h20 da madrugada deste sábado (9). O número de mortes pode se elevar durante o dia, segundo paramédicos que estiveram no local, devido ao estado grave dos feridos. As informações são de Carlos Ohara, no UOL.
De acordo com relatos de passageiros que sobreviveram ao desastre, um carro se aproximou da janela do motorista e os suspeitos dispararam vários tiros contra o veículo. O ônibus deixou a cidade de Presidente Prudente, ponto inicial da viagem, por volta das 22h.
Policiais do posto da Polícia Rodoviária Federal em Campo Mourão, no entanto, acreditam que o motorista, que morreu no acidente, tentou fugir dos ladrões em alta velocidade e acabou atravessando a pista.
Eles se baseiam no violento impacto do veículo com as árvores e na informação inicial, ainda não confirmada pelo Instituto Médico Legal, de que não foram encontrados ferimentos à bala no corpo do motorista.
Segundo o passageiro Gilmar Polisel, da cidade de Birigui (SP), foram dados ao menos seis tiros contra o ônibus. “Após a colisão, os ladrões ainda desceram do veículo e se aproximaram do ônibus na tentativa de levar alguma coisa. Devem ter se assustado com a cena e fugiram na sequência”, disse ele, que teve ferimentos leves. Outro passageiro, o comerciante Gilson de Souza Pinheiro, de Presidente Prudente (SP), disse que estava dormindo, quando ouviu os tiros e o ônibus “chacoalhou”, antes da colisão.
O veículo transportava “sacoleiros” das regiões de Adamantina, Dracena, Araçatuba e Presidente Prudente que se dirigiam ao Paraguai para compras de produtos que seriam revendidos posteriormente.
Com placas de Dracena, na região da Alta Paulista, o ônibus pertence a uma pessoa física e está registrado como parte de uma frota de uma empresa de São Paulo, não divulgada pela PRF. Nas laterais, o veículo está identificado como sendo da Manobra Turismo. Apesar de estar registrado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o veículo não tinha autorização para realizar a viagem até Foz do Iguaçu.
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